Google Docs reloaded

por Alexandre Fugita

[Google Docs] Um dos softwares on-line que mais utilizo é o Google
Docs e Spreadsheets
(Textos e Planilhas). O Word e o Excel perderam a vez faz tempo no meu dia-a-dia. Uma aba do Firefox fica sempre aberta com o software on-line de edição de textos e planilhas da gigante de Montain View. Percebi que algo estava para mudar pois o favicon do Google Docs mudou esses dias. Nesta manhã, ao abrir minha pasta de documentos, surpresa! Interface nova e mais agradável.

[Google Docs]

Gerenciador de arquivos

Agora existe uma barra lateral esquerda com várias divisões. É como se fosse um gerenciador de arquivos tipo Explorer do Windows. Nele estão acessíveis as pastas, tipos de documentos e todas as pessoas com quem você compartilha algum documento. Também é possível arrastar e soltar documentos dentro do Docs e também vindos do Windows Explorer.

Sempre existiram pastas no Google Docs. Melhor que isso, não são pastas, são tags. Organizar por tags é muito melhor do que por pastas. Mas faltava uma forma de acessar as pastas facilmente, separar cada um dos itens. Agora isso fica facilitado por esse novo recurso.

O motivo das tags serem melhores que as pastas verdadeiras é que um arquivo pode ter várias tags. No modo tradicional de organizar a informação, se você joga um documento em uma pasta, não poderá encontrá-la em outra. Parece óbvio, mas com as tags é possível colocar o arquivo em vários lugares e assim fica mais fácil achá-lo por que ele estará relacionado com vários assuntos.

Compartilhar, eis a questão

A grande vantagem do Google Docs sobre o concorrentes off-line como a suíte Office da Microsoft é a possibilidade de compartilhar um arquivo com várias pessoas. Por exemplo, tenho 21 pessoas compartilhando documentos do Googleomigo, de textos a planilhas, de colegas de trabalho a pessoas da minha família. Todas elas, eu incluso, sempre temos acesso à ultima versão do documento. Não importa se alguém editou a 15 segundos atrás. A versão que todos enxergam é a mais atualizada. Isso é ótimo pois o controle de versões é muito fácil. Não preciso ficar mandando por email minha última alteração. O arquivo está lá, disponível, atualizado, para todos verem.

Além disso é possível colaborar ao mesmo tempo em um mesmo documento. Todo mundo pode escrever um texto ou editar uma planilha em tempo real, cada um em seu computador. Cada um em uma localização geográfica diferente. No escritório moderno uma pessoa está em São Paulo e a outra em Nova York. E trabalhando em equipe.

Google Apps

Empresas podem usar essas ferramentas do Google através do Google Apps . O Techbits faz uso extensivo do Google Apps na versão gratuita. Quando uma empresa possui muitos usuários, paga-se uma taxa anual ao Google. Sai muito mais barato que comprar para cada colaborador uma versão do Office da Microsoft e não usar nem 10% dos recursos do pacote. E quando você terminar seu texto ou planilha é só salvar nos formatos padrões .DOC, .XLS ou .PDF e usá-los como bem entender. Mas se é só para alguém ler, compartilhe via internet mesmo. Muito mais prático.

Smartphone é internet móvel

por Alexandre Fugita

[Smartphone Treo 680] Meses atrás escrevi um post dizendo que wi-fi não era a internet móvel. Agora escrevo o texto complementar, dizendo que o smartphone[bb] é a internet móvel. Comprei recentemente um Palm Treo 680 e estou usando muito o acesso à web e internet via rede celular, para uma série de tarefas. Você pode perguntar, mas não é caro? Sim, é. Mas para quem depende bastante da internet por causa de um ou mais sites, precisa absorver informação em uma taxa relativamente alta com o menor desperdício de tempo, acesso à internet em qualquer lugar compensa. Até então dependia de wi-fi. E posso dizer… quase nunca usava fora de casa, ou seja, nada útil pra quem procurava mobilidade.

Wi-fi é hype, mas celular é que é internet móvel

Quantas vezes você abriu seu notebook no meio da rua para consultar uma informação rapidamente que você sabe que o oráculo responde? Nenhuma, imagino. Talvez você tenha ido correndo para o hotspot mais próximo, isso se você sabe onde ele está. Com um smartphone na mão é tudo mais fácil. O Google[bb] está a poucos segundos do seus dedos. Seu e-mail está sempre lá, o web RSS é acessível e até conversar via Gtalk ou MSN são coisas triviais. Ontem mesmo, resolvi algumas coisas via IM direto da rua, não importa qual pois isso não faz a menor diferença.

Economizando tempo ou trabalhando mais?

Ok, você vai dizer: agora está trabalhando mais afinal acessa e-mail dequalquer lugar, pode ler seu RSS no meio da multidão, etc… etc… Aí que está, no mundo atual as pessoas gastam algumas horas que poderiam ser melhor aproveitadas. Se você demora 1h do seu trabalho para sua casa, dirigindo, está perdendo tempo[bb]. Não é à toa que grandes executivos andam com motorista. Enquanto se locomovem vão resolvendo dezenas de coisas. Pobres mortais como eu precisam se contentar com o motorista do transporte coletivo. Mas isso também é uma vantagem.

Ao invés de desperdiçar o precioso tempo sem fazer nada no ônibus, leio meu feed RSS, vejo se tem algum email importante, vou adiantando o trabalho. Com isso acabo economizando tempo. Se dependesse de um notebook com wi-fi não teria condições de fazer isso. Abrir um laptop no ônibus é pedir pra descer com dois três. E ainda, quando estiver em um lugar com mesa e sem wi-fi (sim, isso é mais comum do que você imagina!), posso usar o Treo como modem. Wi-fi 0 x 10 Rede celular. Ops, rede celular é nota 7… o preço ainda é salgado…

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A questão do plágio na web

por Alexandre Fugita

Na semana passada fiz um comentário sobre plágio de blogs na lista da blogosfera, que gerou uma série de reações, posts e discussões entre blogueiros, não todas por causa do meu comentário, mas em função do problema ser generalizado. Quem produz conteúdo original e de qualidade acaba vítima de copiadores descarados. E já que acabei criando esse pseudo-meme, quase que sem querer, vou discutir alguns pontos abaixo.

Copiar não traz visitação

Quem copia imagina que receberá milhares de visitantes e que o blog crescerá rapidamente. Ledo engano. Primeiro que se não há nada de original no conteúdo de um site, pra quê vou voltar nele? Notícia é commodity, informação é commodity. Diferencie-se para chamar a atenção. Escreva algo original para que os leitores lembrem de você. Traga algo diferente, não seja mais um na multidão. Os copiadores, claro, não fazem idéia do que é uma commodity

Também, ao copiar, mecanismos de busca rebaixam a nota de ambos os textos, o original e o copiado, principalmente este último. Se a pretensão do plagiador era aparecer nas primeiras posições do Google, verá sua nota lá (Pagerank) cair ainda mais.

Creative Commons

O Techbits e uma porção de ótimos blogs por aí licenciam o conteúdo sob Creative Commons. No Techbits a licença permite copiar, distribuir, modificar e criar obras derivadas desde que, cite a fonte, não faça uso comercial e use a mesma licença. Como a intenção dos copiadores é obter lucro rápido na web acabam invariavelmente ferindo a cláusula do uso comercial. Está na descrição jurídica da licença que não é permitida a obtenção “de vantagem comercial ou compensação monetária privada“. Ou seja, nada de anúncios ao redor do texto copiado.

Não fosse isso um problema, nenhum plagiador se preocupa em licenciar o conteúdo copiado sob a forma orientada nos termos de uso. A maioria sequer cita a fonte ou muda a pessoa em que o texto está escrito. Vemos os plagiadores falando “Eu… qualquer coisa…”, quando na verdade o “eu” se refere ao autor plagiado. Vai entender esse povo…

Citar é permitido

Claro, citar é permitido. Que fique claro que não estou reclamando daqueles que citam trechos de texto que escrevi. Longe disso. Estou reclamando de copiadores reincidentes, que mesmo após vários contatos não colocam o conteúdo duplicado dentro dos termos de uso. Pra finalizar, aviso aos que vão plagiar este texto: tomem o cuidado de trocar todas as citações à palavra “Techbits” para o nome do seu blog.

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Efeito YouTube: HTTP é maior que P2P

por Alexandre Fugita

[YouTube] Essa é interessante, os provedores de acesso vão ter que engolir. Uma das práticas-que-ninguém-assume-que-faz, mas todos os provedores de acesso fazem, é o traffic shaping. Bloqueiam o P2P (troca de arquivos como torrent) deixando-o mais lento sob a justificativa que o enorme uso de banda por esse protocolo prejudica toda a rede. Acontece que o P2P já não é o maior responsável pelo tráfego de dados na web. Por incrível que pareça esse título agora fica com o HTTP, fato que acontece pela primeira vez esse ano.

YouTube é responsável por 10% do tráfego da internet

O motivo são os sites de vídeo como o YouTube. Players embed (aqueles que vemos todos os dias nos blogs) nas páginas dos sites representam boa parte do tráfego de dados no protocolo HTTP. Textos, como este que você está lendo, ocupam muito menos espaço que uma imagem, como essa que ilustra esse post (abaixo) ou vídeos. Como é possível notar o protocolo HTTP responde por 46% do tráfego de dados na web. Cerca de 20% desse total é só do YouTube. Ou seja, o YouTube sozinho usa quase 10% de todo o tráfego da internet.

[Tráfego internet]

Traffic shaping

O traffic shapping shaping é a prática de analisar os pacotes de dados que trafegam pela rede do provedor – o que por si só levantaria sérios problemas de privacidade – para determinar que tipo de informação é aquela. Caso seja detectado troca de arquivos P2P (e até VOIP), os provedores costuma limitar a banda daquele pacote, o que tem causado uma série de reclamações por parte de consumidores de banda larga no Brasil e no mundo.

Vale lembrar que o P2P é usado largamente para troca de conteúdo ilegal. Apesar disso há bastante conteúdo legal circulando por essas redes, ou seja, essa não seria uma justificativa para bloquear tais protocolos. Seria o mesmo que fechar as ruas pois crimes acontecem nela.

Provedores de acesso à internet como o Net Vírtua fazem traffic shaping apesar de não admitirem. Sendo agora o HTTP maior que o P2P será que vão finalmente bloquear o nosso acesso à web?

YouTube no Brasil. E agora, Fiz?

por Alexandre Fugita

[YouTube] Hoje, lá pelas 3h da manhã, descobri que o site YouTube.com.br estava redirecionando para uma página em português do YouTube. Como os rumores indicavam o lançamento da versão brasileira do serviço, pensei “vamos ver se já está no ar”. E estava. Fiz, então, um post para o Meio Bit já que ninguém (*) havia falado sobre o site. Sim, fiz. Fiz… Fiz também é o nome de um YouTube-killer que está pra ser lançado aqui no Brasil. Mas se o Fiz tinha a vantagem de ser em português, com a chegada do YouTube na nossa língua, qual o apelo do site agora?

(*) depois, pesquisando no Technorati, descobri que o Tiago Dória foi o primeiro a dar a notícia.

Da internê para a tevê

A proposta do Fiz é jogar para um canal de TV convencional o melhor dos vídeos[bb] do site. Essa é a única diferença e ao meu ver, não muito empolgante. Já disse antes, mas ao restringir a cauda longa dos vídeos para o espaço restrito de 24h de grade da programação da TV convencional não dá certo. E nem é TV convencional e sim TV paga, restringindo ainda mais o público consumidor.

YouTube vs. direitos autorais

O YouTube está para instalar mecanismos de proteção a direitos autorais em seu serviço. Uma “impressão digital” de cada vídeo subido no site será comparada com vídeos protegidos. Em caso de violação de copyright, os detentores dos diretos poderão decidir em manter o vídeo no ar ou compartilhar a receita gerada.

IUTUBIU

O YouTube é relativamente conhecido no Brasil. Somos o segundo país que mais usa o site de vídeos. Mas ainda está longe de todo mundo conhecer. O nome engraçado não ajuda, a Sônia que o diga. Talvez essa seja uma vantagem do Fiz: nome simples e fácil de lembrar. Mas assim como tem gente procurando por UTube na web, vai existir aqueles que tentarão entrar no Fis ao invés de Fiz.

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