12 abril 2007
por Alexandre Fugita
[Atualizado] Essa me deixou boquiaberto. Fiz um redirecionamento em conta do Yahoo Mail para a minha principal do Gmail a fim de acompanhar mais de perto a troca de um produto comprado em uma loja virtual. Como esta loja virtual está cadastrada neste endereço do Yahoo e como não tenho o hábito de abrir minha conta do Yahoo, mandei encaminhar para o Gmail, sempre aberto em uma aba do Firefox. Resolvido o problema, fui cancelar o redirecionamento e começou o drama. Simplesmente não existe como cancelar o redirecionamento do Yahoo Mail… Não há qualquer opção no sistema e o ajuda nada diz sobre esse procedimento. Como já disse, essa me deixou boquiaberto.
Tentativas
Primeiro tentei redirecionar para o próprio email do Yahoo. Um erro aponta a impossibilidade de encaminhar uma mensagem para você mesmo. Pensei em deixar o campo de redirecionamento em branco. Um erro diz que não existe e-mail válido digitado lá. Aí lembrei que existe o Yahoo Mail Beta. Uso a versão antiga e então mudei para o Mail Beta. Ao chegar na parte de redirecionamento a página está em construção. Fala sério. Não é à toa que vivo dizendo que o Gmail é o melhor webmail gratuito que existe.
Fui ao oráculo pesquisar se alguém teve o mesmo problema. Pesquisando em português há questionamentos no Yahoo Answers sobre o assunto mas as respostas não ajudam em nada. Na versão em inglês aparentemente este problema não existe pois nada encontrei no oráculo a respeito. Aí lembrei que o Yahoo em inglês precisa ser pago para adicionar a funcionalidade de redirecionamento. Mas como quase ninguém deve pagar por algo que se encontra de graça na concorrência, isso nunca foi detectado. Não é possível!
Após vários minutos tentando cancelar o redirecionamento, mandei uma mensagem para o suporte do Yahoo. Quando receber uma resposta, adiciono aqui. Sinceramente, adeus Yahoo! Mail.
Atualização: a importância das interfaces
[Atualização] Pois bem, descobri pelos comentários e pelo suporte do Yahoo que existe sim uma forma de cancelar o redirecionamento, eu é que não entendi como se fazia. Mas é claro, segundo o Yahoo Mail Redirecionamento é o contrário de acesso POP e SMTP… Obviamente, com minha ultra capacidade de entendimento de interfaces, passou batido essa associação de coisas tão díspares quanto água e fogo. Só posso dizer uma coisa: que diabos de usabilidade é essa? Para saber como cancelar é só ver o comentário #7 abaixo.
11 abril 2007
por Alexandre Fugita
Acompanhei pela internet a palestra do Orkut Buyukkokten no auditório da FEA-USP. A qualidade do “sinal” estava muito ruim e o som muito baixo. Mesmo assim absorvi a essência da palestra e das perguntas que se seguiram. O que pude entender é que basicamente o orkut é um CRM gigante do qual o pessoal da gigante de Montain View consegue retirar tendências como no Google Zeitgeist ou na sabedoria das multidões.
Gado humano
Dentro do orkut as pessoas se cadastram e colocam em seus profiles tudo quanto é informação. Cada um desses pedaços não tem muita relevância para o Google mas ao juntar as tendências, a robotização de comportamentos, o orkut mostra coisas surpreendentes, com tudo o que qualquer marketeiro gostaria: informações sobre pessoas (consumidores), alimentadas por elas mesmas e em constante evolução.
Não lembro dos exemplos dados, mas é impressionante as correlações que eles fazem dizendo que pessoas de tal tipo geralmente possuem tais e tais características. Chego à conclusão de que existe apenas poucos tipos diferentes de pessoas e em cada grupo, todas são iguais à s outras. Tudo gado humano.
Crimes no orkut
Interessante mesmo foi a pergunta de um estudante de jornalismo da USP sobre a opinião do Sr. Orkut sobre crimes que ocorrem dentro da rede social. Melhor resposta, impossível: existem pessoas boas e pessoas más. Crimes acontecem em todos os lugares, seja na vida real, seja na vida on-line. Como no Brasil boa parte da população está no orkut, acontece de criminosos estarem lá também. Perfeitamente normal. Ponto positivo.
Mas o Orkut Buyukkokten avisou que o site colabora com o governo brasileiro e que este pode solicitar diretamente a retirada de informações da rede social. Ponto negativo.
Monetização
Surgiu também a pergunta de como o Google fatura com o orkut. Anúncios, claro. Mas não é tão simples assim. Pegando todas as informações do orkut, juntando seu mecanismo de busca, padrões de comportamente, fica claro que tudo isso é usado para maximizar a venda de anúncios. Sabendo o que o perfil do usuário, seus comportamentos e tudo o mais, fica fácil mostrar anúncios segmentados com maior chance de chamar a atenção.
A palestra foi interessante, gostaria de ter ido, mas ao ligar para a FEA fui informado que só alunos atuais da universidade poderiam acompanhar. Nada mais natural, estavam lá também pessoas do Google Brasil querendo saber quem quer trabalhar na empresa. E você nem precisa dizer quem você é. Eles já sabem.
Veja também:
8 abril 2007
por Alexandre Fugita
Domingo de Páscoa, Pessah. Muita gente ganha ovos de chocolate… Enquanto isso geeks se divertem com outros ovos de Páscoa, conhecidos pelo seu nome em inglês Easter Eggs. Muitos softwares possuem easter eggs escondidos em seus códigos e que se revelam após a execução de algum comando ou uma seqüência deles. São brincadeiras escondidas e na maioria das vezes, diversão garantida. Para geeks, claro! Não conheço muitos easter eggs relacionados à web – e nem todos os que vou mostrar são genuinamente da web – mas vou descrever alguns deles aqui.
Yahoooooooooo!
Esse é simples e interessante. Tudo o que você precisa é ir à página do Yahoo.com e clicar no sinal de exclamação “!”. Não funciona na página em português, só na do Yahoo americano.
A resposta para a vida
Douglas Adams escreveu o ótimo “Guia dos Mochileiros das Galáxias”. Entre outras coisas, uma piada da obra virou clássica entre geeks. No livro um supercomputador foi criado para responder a maior de todas as questões: “the answer to life, the universe and everything” (a resposta para a vida, o universo e tudo mais). Claro, o oráculo responde. É só perguntar…
Firefox
Se você gosta de profecias e usa o Firefox, digite na barra de endereços about:mozilla. Uma profecia tomará sua tela na qual forças do bem vencem o mal… se é que você me entende.
WordPress
Para os que tem blog e usam como CMS o WordPress, essa dica é interessante. No editor de textos, pressione ALT + Shift + V. Pronto, surpresa! Isso funciona no Firefox. Se você ainda insiste em usar o Internet Explorer (eca!), vá ao Tecnoblog para a dica completa.
7 abril 2007
por Alexandre Fugita
Assim como muitos blogueiros, recebi da editora Thomas Nelson/ Ediouro o livro Blog, entenda a revolução que vai mudar seu mundo, de Hugh Hewitt. Primeiro de tudo agradeço à editora por ter cedido dois exemplares. Um deles eu li e o outro dei de presente a uma amiga que, espero, faça bom proveito. No mínimo ela vai ler este post e terá uma idéia do que diz o livro. Se você se interessar, pode concorrer a um exemplar através do concurso do Bruno Alves (até 15/04/2007) ou comprar através do Submarino (*), ato que ajudará este blog. Chega de enrolação, vamos à minha análise (superficial) do livro.
Nova mídia
Na descrição do livro, um resumo do que a obra vai acrescentar: “Este é um livro sobre confiança; sobre como a mídia antiga – a mídia hegemônica – perdeu a confiança e como a nova mídia a está conquistando”.
A primeira metade da obra é chata, quase me fez desistir de ler, e conta história de como so blogs influenciaram na política e eleições americanas neste ínício do século XXI. Recomendo pular e iniciar a leitura pela parte 2, muito mais interessante e onde realmente está a essência da mensagem que Hewitt quer passar. Mas por todo o livro há citações da blogosfera política e sua importância…
Na verdade o que o livro mostra não é nenhuma grande novidade para os leitores antenados do Techbits. Blogs democratizaram a publicação da informação, permitem que todos sejamos editores, ou seja, é o usuário gerando conteúdo.
Infestação blogueira
Hewitt introduz o conceito de infestação blogueira que seria a união dos blogs, de forma descentralizada, defendendo uma idéia favorável ou contra algo ou alguma organização. O livro diz que todas as empresas precisam estar preparadas para essa infestação assim como possuem planos de contingência para desastres. Se sua organização cair na desgraça de blogs influentes é melhor se preparar. Se virar a queridinha dos blogs, sorte sua.
Poder dos blogs
De forma geral o livro trata do poder dos blogs, do seu poder de influenciar nichos específicos altamente interessados e como os blogs podem ser uma quebra de padrões como foi Gutenberg, ao seu tempo, com a redução drástica de custos para divulgação de conteúdo.
Se você leu este post, não tem um blog mas acha que tem algum tipo de idéia ou informação que interesse a outras pessoas, faça o seguinte: crie um blog, preencha-o com conteúdo de qualidade freqüentemente e entre para fazer parte desta revolução.
(*) Compre o livro Blog, entenda a revolução que vai mudar seu mundo no Submarino. O links possuem o código de afiliados do Techbits de forma que fazendo isso você ajudará a monetizar este blog.
5 abril 2007
por Alexandre Fugita
Algo que vem me preocupando ultimamente é a forma como os novos browsers mobile mostram a informação. A Apple revelou o Safari do iPhone, com suas capacidades de zoom e de manter o layout original das páginas web em uma tela de 3,5 polegadas… A Microsoft lançou recentemente o DeepFish, navegador que pretende manter também o formato original das páginas web na mesma minúscula tela de PDAs e smartphones. Mas será que é isso mesmo que vai dar certo em navegação móvel? Como vou saber se aquele texto minúsculo é aquilo que quero ler? E toda aquela história de criar um CSS otimizado que se traduz em navegação mobile e desktop confortável? Apesar de achar interessante esses novos browsers móveis, ainda prefiro um sistema que mostre corretamente o conteúdo e não fique se preocupando com layout em telas minúsculas.
Um pouco de história
Houve uma época na qual quiseram criar duas webs: a normal, para computadores normais (desktop, notebooks) e outra mobile, para dispositivos móveis. Surgiu então o WAP, acrônimo para Wireless Application Protocol. As fabricantes começaram a lançar celulares com WAP, mas a tecnologia nunca vingou. O principal motivo: criar um site “normal” já é complicado, imagina criar uma versão wap da mesma coisa, ou seja, uma segunda internet, com seus próprios domínios, complicações, etc… Esse é o mesmo motivo que me leva a crer que a web semântica nunca vai conseguir implantar microformatos, etc… mas isso é outra história…
O ideal é ter uma coisa só, uma única página web que sirva para tudo. O Techbits e boa parte dos blogs que conheço por aí são otimizados para dispositivos móveis. Ninguém tem uma versão WAP do site e nem precisam. Com o uso de padrões web e CSS qualquer site fica leve e roda tranqüilo no celular, PDA ou smartphone. Além do que hoje existe o RSS e os sites que visitamos com freqüência podem ficar guardados no agregador de feeds mobile favorito, deixando de existir a necessidade de navegar naquelas telas minúsculas.
Safari mobile e Deepfish
O que esses dois navegadores querem fazer é transformar sua tela de dezessete ou mais polegadas em uma imagem de 3,5 polegadas… Tudo vai diminuir nesta proporção não será possível ler qualquer texto. É só ver o exemplo abaixo retirado do blog da Garota Sem Fio em seus testes iniciais com o DeepFish. Técnicas de aumento de texto como o duplo clique/ multi-touch do iPhone vem a resolver parte do problema mas ainda acho que a navegação fica comprometida.
Quando um site é visto sem CSS em um dispositivo móvel, tudo fica em uma única coluna (veja esta página sem CSS aqui). Se o site for bem feito, o conteúdo fica disponível logo no começo. Para ler é só rolar a tela pra baixo, nada de andar para os lados, ou dar zoom, o que complica demais a localização das coisas na tela.
Conclusão
A sua intenção com o dispositivo móvel não é substituir o desktop como meio principal de navegação e sim apenas consultar uma ou outra informação quando não existe um computador por perto. Ou seja, prefiro ainda a navegação móvel com otimização no CSS e não miniaturas inteligíveis de uma página web que precisam de técnicas de zoom complicadas. Pra finalizar, recomendo a leitura de um texto do Sérgio Lima sobre Computação Móvel Sensata, que não é exatamente a discussão do mesmo assunto, mas é relacionado.
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