Google Docs, o office on-line

por Alexandre Fugita

[Google Docs & Spreadsheets] Esqueça o Word, esqueça o Excel. Acaba de entrar no ar o Google Docs. Não é exatamente um lançamento. Trata-se na verdade da integração dos serviços office do Google (Writely + Spreadsheets) em uma única interface. Planilhas, textos, colaboração entre usuários e chat para trocar informações. Tudo simples e eficiente, pois quase ninguém usa mais do que 10% dos recursos do Word ou Excel. Em se tratando de office, cada vez prefiro mais o Google à Microsoft.
[Google Docs]

Colaboração on-line

Muitos não acreditam mas criar um documento em colaboração é fácil com o Google Docs. Ao mesmo tempo várias pessoas podem atualizar o mesmo documento. E todas elas estão em contato constante via chat (somente no Spreadsheets, por enquanto). Você pode achar que irão ocorrer conflitos, ou seja, duas pessoas tentando editar o mesmo trecho mas, nas raras vezes em que isso acontece, o Google Docs[bb] avisa e solicita escolher entre uma das versões ou voltar ao estado anterior.
[Colabore no GoogleDocs] Colaborar desta forma é muito melhor do que o método antigo. Nele, ao alterar um texto Word ou planilha Excel era necessário enviar por email a nova versão para todos os interessados. E se alguém também tivesse editado o mesmo arquivo, a confusão estava armada. Agora é diferente: o método do Google Docs elimina totalmente esse problema. A versão que todos têm acesso é sempre a mais recente, não importa se você alterou uma vírgula há apenas 30 segundos. Não há o que me faça voltar ao método antigo.

Além disso o editor de textos possui suporte a RSS, de forma que seus colaboradores podem acompanhar o andamento dos trabalhos através do agredador de feeds RSS favorito de cada um.

Você confia no Google?

Uma questão importante que surge com os softwares on-line, é a confiança que depositamos na empresa que guarda essas informações, no caso o Google. Tudo estará acessível com um login e senha, por isso o cuidado é fundamental. Antes de mais nada, use senhas difíceis de serem descobertas. Parece bobagem mas conheço dezenas de pessoas que insistem em usar a data de aniversário ou o nome do cachorro em senhas. Sem comentários. E se a informação é tão confidencial que não pode cair na mãos de ninguém, melhor não colocar on-line, guarde para você mesmo. Quanto à possibilidade do Google vasculhar seus dados deliberadamente, é improvável, fique tranqüilo.

[Google Docs & Spreadsheet]

Zoho Virtual Office

Entre hoje e amanhã acontece a Conferência Office 2.0. Além do Google, uma startup está finalmente integrando seus serviços de escritório on-line. Trata-se do Zoho Virtual Office, suíte com vários serviços que incluem calendário, processador de textos, planilhas, apresentações e outras ferramentas de produtividade. A Microsoft que se cuide…

A nova guerra dos browsers

por Alexandre Fugita

[Firefox vs. IE] Nos próximos dias serão lançados as novas versões do Firefox e Internet Explorer. Atualmente o browser dominante é o Internet Explorer. Mas desde o lançamento do Firefox o navegador da Microsoft vem perdendo terreno. Com a aproximação do lançamento das novas versões de ambos os browsers a questão que fica é: a tendência de queda do IE vai continuar ou a versão 7 conseguirá reverter o avanço do Firefox? Bem vindo à segunda Guerra dos Browsers.

História

Um dos primeiros browsers foi o Mosaic no início da década de 1990. Logo depois surgia um derivado chamado Netscape. Em 1995, ano que a web passou a ganhar destaque, o Netscape já dominava o mercado. Foi nesse ano que Bill Gates fez um de seus mais famosos memorandos o The internet tidal wave, prevendo que a web seria um grande negócio tão importante quanto o IBM PC. O Internet Explorer foi lançado neste mesmo ano.

Entre 1995 e 1999 ocorreu a chamada Guerra dos Browsers. A Microsoft e a Netscape lançavam versões melhoradas de seus softwares rapidamente. O foco era a quantidade de novidades ao invés da segurança. Cada uma das empresas criou características próprias o que fazia sites serem incompatíveis ora com um, ora com outro navegador. No final o Internet Explorer se sobressaiu e o Netscape sumiu do mapa. Em 1999, já com a guerra vencida, foi lançada a versão 5 do IE. Dois anos depois saiu a versão 6, que permanece até hoje.

Market Share

[Market Share dos Browsers] O gráfico acima (via ArsTechnica) mostra a evolução do market share dos browsers ao longo do último ano. Nota-se que o Internet Explorer vem perdendo gradativamente o mercado. Tanto o Firefox quanto o Safari (navegador dos Macs), estão ganhando espaço às custas do IE. Esse é o nível mais baixo atingido pelo browser da Microsoft desde o surgimento do Firefox.

Cinco anos de Internet Explorer 6

Bom, o problema de dominar um mercado é a acomodação. E foi isso que ocorreu com o IE6. A internet mudou muito nos últimos 5 anos. Mas o IE continuou o mesmo. A segurança começou a se tornar um grande problema. Spywares se aproveitaram das brechas e invadiram milhões de computadores pelo mundo. A Microsoft corre atrás e mensalmente solta dezenas de correções de segurança.

Nesse meio tempo, devido à estagnação do Internet Explorer, surgiu um forte concorrente. Trata-se do Firefox que trouxe inovações como a navegação por abas, as extensões com várias funcionalidades e mais segurança na navegação. Desde seu surgimento o market share do IE só cai. A Microsoft sentiu o baque e prepara o lançamento do IE7 para os próximos dias.

Firefox 2 vs. Internet Explorer 7

Concluindo, está pra começar a segunda Guerra dos Browsers. Muitas funcionalidades já presentes no Firefox aparecerão no IE7. Algumas novidades são aguardadas no Firefox. Assim que ambos sairem farei um review aqui no Techbits.

RSS, que diabos é isso?

por Alexandre Fugita

[RSS] Com o lançamento do Internet Explorer 7, o RSS terá uma explosão no seu uso. A ferramenta, há muito usada por geeks, irá se popularizar pois finalmente a Microsoft dará suporte à tecnologia em seu navegador. Vou analisar neste artigo, o que é, como usar, e finalmente demonstrar que assinar o RSS de um site é a melhor forma de se obter e selecionar informações com rapidez e eficiência.

O que é RSS?

Basicamente, o RSS é uma forma de facilitar o acesso a uma grande quantidade de informações. Se você está acostumado a visitar uma dúzia de sites diariamente em busca de notícias novas, pode estar desperdiçando seu precioso tempo. Entrar em cada um, todos os dias, é trabalhoso e improdutivo. Com o RSS tudo isso acaba. Você só entra em um site quando o mesmo for atualizado. Melhor: você só entra no site se aquela informação que foi publicada é o que está procurando. Em uma era na qual a informação aparece aos montes e o tempo disponível para consumí-las é limitado, o RSS é o “salvador da pátria[bb]“.

A sigla RSS significa Really Simple Syndication. É na verdade um formato baseado em arquivos XML e que serve para troca de informações. Há controvérsias quanto ao significado da sigla. Uns dizem Really Simple Syndication, outros dizem Rich Site Summary, ou ainda RDF Site Summary. O que importa é a funcionalidade e não o nome…

Como saber se um site possui RSS?

Bom, se você usa o Firefox, no canto direito da barra de endereços irá aparecer um ícone laranja, o mesmo que ilustra o início deste artigo, e o mesmo que você encontra na barra lateral da direita desta página. Esse é o símbolo oficial do RSS. O mesmo acontecerá com o Internet Explorer 7 que está para sair oficialmente nos próximos dias. Na verdade todo site que se preze deve possuir RSS. Se você ainda está no IE6, é só observar na página de seu site favorito se há alguma informação como RSS ou XML. Em caso positivo o site possui RSS e você precisará do link que esse ícone aponta para cadastrar no seu leitor favorito.

Leitores (agregadores) de RSS

Os arquivos RSS são lidos por agregadores, ou seja, os programas que juntam toda essa informação e mostram para você em um único lugar. Só será necessário escolher qual feed RSS você quer acompanhar e saber se há novidades interessantes por lá. Se for este o caso é sempre legal visitar o site para ler a informação. Ah, assine agora mesmo o RSS do Techbits.

Abaixo alguns leitores recomendados:

  • Bloglines: O Bloglines talvez seja o mais usado dos agregadores RSS. É um software on-line o que significa que não é necessário instalar programas em seu computador e também estará acessível de qualquer computador ligado à web.
  • Netvibes: um ótimo leitor on-line, com visual renovado e estilo web 2.0.
  • Google Reader :Outro agregador RSS on-line. Não faz uma semana que foi totalmente remodelado. Melhorou bastante pois antes era um pouco confuso. Leia um review.
  • Firefox: O Firefox é talvez o mais fácil de usar. É só clicar no ícone laranja na barra de endereços que o feed RSS já está assinado. Os sites que você cadastrou ficam na barra de favoritos do navegador e estão acessíveis a um clique do mouse.
  • Internet Explorer 7: Ainda não lançado oficialmente, o funcionamento é similar ao Firefox, ou seja, o ícone estará visível e fácil de usar.

Confirmado: Google compra YouTube por US$ 1,65 bilhão

por Alexandre Fugita

[GoogTube] Na sexta-feira isso era apenas um forte rumor. Alguns até duvidaram dizendo que a fonte do rumor era um blog. Mas era verdade. O Google acaba de anunciar aquisição do YouTube. As notícias do dia já mostravam essa tendência. Pela manhã tanto o Google quanto o YouTube anunciaram separadamente uma série de parcerias com a indústria de filmes, músicas e entretenimento. E finalmente aconteceu.

Direitos Autorais

Um dos grandes problemas que críticos apontavam para uma possível aquisição do YouTube era a questão dos direitos autorais. A maioria dos vídeos do site tinham de alguma forma conteúdo ilegal, seja pela música de fundo, seja por trechos de filmes ou programas de TV. Parte disso foi resolvida hoje com os acordos do YouTube com a Sony BMG, Universal e CBS. Os conteúdos delas estarão disponíveis no YouTube de segundo acordo selado pouco antes nesta segunda.

Google vs. Yahoo

O Techcrunch, o mesmo blog que propagou na sexta-feira os rumores de compra do YouTube pelo Google, informa que o Yahoo! esteve até o último momento dando seus lances para aquisição do maior site de vídeos do mundo. Perdeu para o Google que resolveu bancar US$ 1,65 bilhão.

Google Vídeo e YouTube

O Google já havia lançado no começo deste ano o Google Vídeo, exatamente para concorrer com o YouTube. As notícias de hoje evidenciavam que algo estava ocorrendo. Tanto o Google Vídeo quanto o YouTube anunciaram parcerias similares em termos de conteúdo. Horas depois foi feito o anúncio da compra. Por enquanto o YouTube continuará como operação separada do Google Vídeo.

É interessante notar que o YouTube, startup que iniciou suas operações em 2005, não tinha até o momento uma forma de gerar receitas consistentes. Exatamente como era a startup Google anos atrás. A história se repete e provavelmente será de muito sucesso.

Segurança: dá pra confiar na Microsoft?

por Alexandre Fugita

[McAfee vs Microsoft] Na semana passada o mundo da segurança em desktops entrou em guerra. A McAfee diz que a colaboração da Microsoft na área de segurança mudou e está diminuido. E aponta o motivo: OneCare, serviço de anti-vírus lançado pela gigante de Redmond há alguns meses. A questão que surgiu naquela época e que voltou à tona agora é: dá pra confiar a segurança do seu computador à Microsoft, sabendo que é ela mesma quem produz o Windows cheio de problemas?

Windows Vista: mais seguro

Uma das fraquezas do Windows XP é no quesito segurança. Somente após o patch SP2 é que a segurança parece ter ficado forte. Faça um teste: coloque uma máquina com o Windows XP recém instalado na internet. Não dá 5 minutos e começam a aparecer estranhas mensagens, sinal de que seu computador foi de alguma forma invadido. E você nem navegou na web. Isso não acontece com o XP SP2, ainda bem.

No Windows Vista a segurança é prioritária. Talvez isso explique os seguidos atrasos no lançamento do sistema operacional. A característica que a McAfee está reclamando é o acesso ao kernel, algo como o núcleo do sistema operacional. No Vista, a Microsoft fechou esse acesso de tal forma que complicou a vida de concorrentes. Mas faz todo sentido: a segurança aumenta.

Segurança fora de vista

Em junho deste ano a Microsoft lançou o OneCare, seu próprio serviço de segurança para o Windows. Na época as discussões giraram em torno da confiança que deveríamos dar ao OneCare, já que foi criado exatamente para proteger o Windows, ambos produtos da mesma empresa. Ou seja, você cria um produto com problemas de segurança e vende a solução para tapar os buracos. Faz sentido? Seria melhor colocar esforços em criar um Windows com menos problemas a vender separadamente uma forma de saná-los.

O medo da McAfee e outras fornecedoras de anti-vírus e firewalls, é ficar para trás no mercado de segurança. Injustificado. Sempre vai existir mercado para ela. Duvido que o Windows Vista não tenha problemas de segurança e não creio que o OneCare consiga lidar com todos eles. Ah, e dá pra confiar na segurança do Vista? Só o tempo dirá…

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