O grande problema da web como plataforma

por Alexandre Fugita

Fora do Ar Ontem pela manhã o serviço TinyURL estava fora do ar. Twitters de todo o mundo estavam em desespero pois os links enviados através da plataforma não funcionavam mais. Em Agosto o Skype sofreu um blecaute de alguns dias. Milhões de usuários, alguns dependentes do serviço para trabalhar, tiveram prejuízos incalculáveis. Mês passado, fui escrever um texto para o Techbits e o Google Docs tinha sumido. Qual é o ponto que quero chegar? O crescimento da web como plataforma esbarra em problemas de capacidade de serviços em se manterem on-line. Quando esse objetivo não é alcançado, Houston, temos um problema.

APIs, o ponto fraco da internet

Mashups são os serviços mais suscetíveis a problemas de downtime em outros serviços web. Ao usarem APIs de terceiros, disponíveis na internet para fazer a mistura de conteúdos, ficam dependente daquele serviço para funcionar corretamente. Vamos supor que seu mega serviço de localização de restaurantes via celular dependa das APIs do Google Maps para mostrar a rua daquela comida mineira fantástica. E se o Google Maps falhar? Você pode perder um usuário por culpa do Google.

Em casos de missão crítica, o ideal seria manter tudo o que é necessário para um serviço funcionar, sob sua responsabilidade. TinyURL no Twitter? Não, que criem sua própria ferramenta de URLs  pequenas. Google Docs totalmente on-line? Que exista uma opção que rode mesmo sem conexão com o servidor do serviço. Essa última opção está para surgir via Google Gears ou Firefox 3. Mas por enquanto, ficamos dependentes de muitos fatores.

APIs, o ponto forte da internet

Ao mesmo tempo que as APIs têm sua fraqueza, são exatamente o ponto forte da internet. Aplicações que antes ficavam confinadas a uma máquina podem dialogar com quem quiser através da internet. Dados são compartilhados, uma infinidade de possibilidades se abre. A atual geração de aplicações web está muito boa em termos de confiabilidade na entrega do serviço. Mas, você já sabe, se for missão crítica, pense duas (ou mais) vezes.

Como foi o BlogCamp MG, uai

por Alexandre Fugita

BlogCamp MGImagine um monte de gente com seus caríssimos gadgets e loucos por internet se juntando em um único local. Do que será que eles conversam? Como interagem entre si? Aliás, existe isso? Sim, e aconteceu neste fim de semana em Belo Horizonte. Alguns representantes da blogosfera se reuniram no BlogCamp MG, e como desta vez o Cardoso não esteve na capital mineira para fazer o post oficial, resolvi dar os meus pitacos.

Eu, que já virei arroz de “camps”, gostei bastante da versão Minas Gerais. A primeira impressão, de que o pequeno auditório não seria bom, foi completamente errada. O diminuto espaço foi palco de algumas ótimas desconferências informais, intercaladas com as “programadas” no painel – na verdade uma cartolina branca pregada na parede.

O Ronaldo Ferraz do Superfície Reflexiva fez certamente a melhor cobertura em termos de live-blogging. Vale conferir seus mais de 10 posts. Confiram também as várias fotos no Flickr, postadas pela multidão.

De forma geral o BlogCamp foi bastante proveitoso, o Rafael Arcanjo fez uma ótima organização. Também, o feriado ajudou já que cheguei um dia antes e, junto à Lu Monte do Dia de Folga, o Helder do Eu Crio e o Rafael do Futilidade Pública, fomos fazer a Volta da Pampulha. Ah, e o tão esperado, “Técnicas de blogagem PCM” finalmente foi abordado pelo Ian Black, mesmo que levemente.

As pessoas me perguntam se eu não canso deste tipo de evento. Na verdade os assuntos discutidos repetem-se. Sempre fala-se de credibilidade dos blogs, monetização, construção de marca, latrina mambembe, etc. Mas o legal mesmo, como sempre, é o networking.

Novo layout do Techbits

por Alexandre Fugita

TechbitsFinalmente, depois de 1 ano e 4 meses, o Techbits muda de layout. Deu trabalho, foram dezenas de horas mexendo em código, e muita dor de cabeça com um tal de Internet Explorer 6. O novo design contempla 3 colunas, é mais limpo, e é baseado no NonZero – veja no rodapé, todos os links – e foi feito para telas com resolução horizontal de 1024 pixels. De acordo com as estatísticas a maioria dos usuários usa telas com essa resolução ou maiores. Cerca de 15% ainda estão no velho 800 pixels de largura. Já estava na hora de deixar o layout mais largo. A simplicidade continua pois não gosto de coisas poluídas.

Navegadores testados

Testei nos mais variados navegadores. O Firefox foi testado no Windows, Linux Ubuntu e MacOS X. O Safari já rodou esse layout tanto no Mac quanto no Windows. Testei também no Opera, via Windows. O Internet Explorer, responsável por várias horas desperdiçadas de desenvolvimento, teve os sabores 7, 6, 5.5 e 5 testados. Na verdade posso dizer que funciona bem no 7, razoavelmente no 6, e não me responsabilizo nas versões mais antigas. Sério mesmo, a dor de cabeça para acertar tudo no IE é tanta que dá vontade de fingir que esse browser não existe.

Mobile

Também testei em versão mobile, tendo funcionado sem problemas no Opera mini – testado no simulador de Opera mini do Opera do Windows – e no Palm OS, com o navegador padrão. Não fiz testes mais profundos em dispositivos móveis pois não tenho acesso a todos os sistemas que gostaria de testar. Se você possui qualquer forma de acesso mobile e se não se importar, gostaria que testasse o Techbits na sua plataforma e me enviasse os resultados.

Finalizando

É isso, novo layout, se alguém achar algum bug esquisito, avisem! Espero que tenham gostado, só lembrar que a qualidade dos posts continuará a mesma, hehe! Só preciso aumentar um pouco a freqüência, talvez um por dia útil. Para evitar estranhamentos, já basta um visual novo, a forma de usar do Techbits continua a mesma, só com algumas melhorias em termos de SEO e pequenos detalhes que estava devendo. Agradeço a todos que deram uma pequena ajuda, testando o novo layout em suas respectivas plataformas, antes de ele sair oficialmente. Abraços e aproveitem!

Não pirateie o Windows, há opções

por Alexandre Fugita

UbuntuHá pouco mais de um mês fui assaltado e levaram meu notebook, ou seja, minha ferramenta de trabalho. O computador rodava Windows XP original OEM. Como conheço um pessoal na Microsoft, perguntei se poderia utilizar aquele DVD do Windows – notem, original – que tinha sobrado na caixa vazia do roubado laptop. Claro, não podia. Óbvio, ao ter comprado o Windows e concordado com a EULA (termos de uso), concordei que seria assim caso isso acontecesse.

Faz umas duas semanas comprei um notebook novo. Desta vez escolhi, pela primeira vez em toda a minha vida, não usar o Windows no PC. Ok, não estou contando a época em que eu tinha o MSX e achava aquela tela de 16 cores o máximo. Adquiri um notebook Positivo, com Linux Mandriva pré-instalado. Tirei o Madriva e coloquei o Ubuntu. Como nos últimos anos comecei a achar que o sistema operacional estava perdendo a importância, tudo que eu queria era um computador que rodasse o Firefox. E o Ubuntu[bb] tem FF nativo. Ótimo.

O fato é: se eu for novamente roubado, posso usar o mesmíssimo CD que usei para colocar o Ubuntu na minha atual máquina, para instalar onde mais quiser. Além disso, não preciso comprar licença do MS Office, já que meu uso do pacote seria nas funções básicas. Vou de Google Docs. E também não pretendo instalar Windows neste notebook mesmo porque existe o Wine e também já tenho um desktop com Windows XP.

Já que acredito que a web é a nova plataforma, fiquei feliz esse fim de semana ao descobrir que minha evangelização em softwares on-line traz resultados. Descobri que uma amiga, que também comprou um notebook recentemente, decidiu usar o Google Docs ao invés de comprar uma licença do MS Office 2007. Agora falta convencê-la a usar um leitor de RSS[bb], on-line, claro. Não pirateie software, há opções.

Empreendedorismo: seja inquieto

por Alexandre Fugita

StartupCamp 2007Estive no StartupCamp neste fim de semana e assisti a diversas mini palestras de empreendedores e investidores. Foi bastante interessante, pude conhecer muita gente, pessoas que estão mudando a internet no Brasil, e saí com uma ótima impressão dessa geração de empreendedores que faz aflorar, em terras tupiniquins, esse espírito de Vale do Silício. Claro, lá fora há mais capital de risco disponível, existe muito mais startups procurando seu lugar ao Sol, o mercado é muito maior. Mas o Brasil está criando este ambiente de inovação, de empreendedorismo, o que é saudável.

O que notei de interessante é que quem tem no sangue essa vontade de mudar o mundo, de criar coisas inovadoras, de surpreender a cada novidade, possui um perfil muito parecido. Costumam ser gênios incompreendidos, que não estão a fim de um trabalho formal de assalariado, e que preferem arriscar tudo por um sonho, um ideal. Não querem prestar concurso, querem ser donos do próprio nariz. Lógico, quebram a cara muitas vezes, alternam idéias brilhantes com coisas nada a ver, e certamente querem ganhar muito dinheiro. Mas não adianta só ter “A Idéia”. É preciso saber colocá-la em prática.

Um dos mantras mais repetidos nas várias palestras, foi de que o empreendedor precisa ter aquela inquietude no espírito. Precisa querer aquilo, acreditar no negócio, arriscar e inovar. Isso vindo pessoas como o Carlos Guillaume (Confrapar), Marcelo Ballona (um dos fundadores do Submarino), Fabio Ingel e Carlo Dapuzzo (Monashees Capital), Fábio Seixas (Camiseteria e WeShow), Tanaka (boo-box), Manoel Lemos, (BlogBlogs) e o pessoal da Aprex, vale ouro. O público, formado por empreendedores e interessados no assunto – todo mundo tem uma startup na manga – aprendeu bastante.

Para finalizar, acho que todos precisam agradecer ao Cazé Peçanha, dono do Espaço Gafanhoto e do portal de mesmo nome. Como sempre, a estrutura cedida foi fantástica, tudo funcionou perfeitamente. Além de devastar culturas, o Espaço Gafalhoto se consolida como local em que o networking rola solto e de eventos interessantíssimos. Tenho certeza que muitas parcerias já foram traçadas em seus eventos, desde as sessões YouTube a desconferências de todo tipo. Além de, claro, agradecer à boo-box, confeitaria lá da esquina, que tem patrocinado coffee-breaks cada vez melhores.

Algumas das apresentações, via SlideShare:

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