Cadê o Vista Ultimate Edition?

por Alexandre Fugita

[Ultimate acabou primeiro] Era previsível. Quem aparece à meia-noite para comprar um sistema operacional deve ser no mínimo interessado no produto. Ninguém vai sair do conforto de sua casa a esta hora para comprar a versão básica Home Edition do Windows Vista. Todo mundo queria a versão mais cara e incrementada chamada de Ultimate Edition[bb]. Após cerca de uma hora do início das vendas a prateleira de produtos mostrava claramente isso (fotos abaixo). Versão Ultimate Edition esgotada e Windows Home Basic sobrando. Claro, surgiram reclamações. Como já disse, quem estava lá à quela hora certamente desejava o pacote mais avançado.

Os sem-Vista

Celso Nunes e Thiago Nunes estavam desolados. Chegaram à festa de lançamento cerca de meia hora antes do início das vendas e pegaram uma senha lá pro final. Ao chegarem no caixa, nada de Ultimate Edition. Essa era a situação de pelo menos 15 pessoas, insatisfeitas com a falta de um produto recém-lançado e que pretendiam levar pra casa imediatamente. Michelle Heinze e Marcos também estavam revoltados. Peguei os contatos dessas pessoas para acompanhar nos próximos dias o desenrolar da história.

[Prateleiras do Vista]

A certa altura Celso dirigiu-se ao presidente da Microsoft, Michel Levy, perguntando como resolveriam a questão. Queria comprar 3 unidades do Windows Vista Ultimate Edition, mas o produto que mofava na prateleira era a versão básica Home Edition. Levy o acalmou e lhe entregou um cartão de visitas pedindo que ligasse para ele caso o problema não fosse resolvido.

No fundo da loja um funcionário da Microsoft, juntamente com um funcionário da rede Extra organizava uma lista dos que queriam reservar a versão mais avançada do sistema operacional com entrega prevista para no máximo 10 de fevereiro (!!). Os clientes reclamaram que, além de demorar para o produto chegar, teriam que passar na loja para retirá-lo já que a burocracia do hipermercado não permitia outro procedimento. É esperar pra ver como tudo será resolvido.

O que um geek faz da meia-noite às 6h?

por Alexandre Fugita

[Windows Vista] [atualizado, inclusão de link] Óbvio, vai comprar o Windows Vista. A loja do Itaim da rede Extra de hipermercados foi escolhida para iniciar as vendas do Windows Vista e Office 2007 no Brasil. Cheguei lá com dois amigos por volta das 22h e já havia algumas pessoas. Pegamos a senha 33 para compra de um PC com o sistema operacional pré-instalado. Conforme aproximávamos da meia-noite, mais e mais pessoas, geeks eu presumo, foram aparecendo e criando uma multidão ansiosa para adquirir o sistema operacional. Encontramos de tudo: famílias inteiras, jovens independentes, casais de namorados, curiosos clientes do supermercado tentando entender o que acontecia. A agitação era tanta que o Guilherme Felitti (blog Chá Quente e IDGNow!), chamou o Windows Vista de Super Star. Esta aí a explicação para o que os geeks fazem da meia-noite às 6h.

O primeiro comprador do Vista

Os primeiros da fila para comprar o Windows Vista chegaram às 16h, oito horas antes do início das vendas.

O segundo da fila veio de Uberaba, MG. Trata-se do Paulo Eduardo (foto abaixo) que deu várias entrevistas pois estava segurando, orgulhoso, um cartaz dizendo ser o segundo da fila do Windows Vista. Paulo comprou a versão Ultimate Edition (R$ 989,00) do sistema operacional.

[Segundo comprador do Windows Vista]

Lançamento oficial do Windows Vista no Brasil

por Alexandre Fugita

[Windows Vista é lançado] [atualizado, incluí várias fotos] No início da última madrugada estive presente no supermercado Extra Itaim em São Paulo para o lançamento oficial do Windows Vista e Office 2007 no Brasil. Estiveram presentes o Presidente da Microsoft do Brasil, Michel Levy, e Steven Sinofsky, Senior Vice President Mundial para produtos Windows e Windows Live. Foi um evento interessante, simples, para promover a venda das primeiras cópias oficiais no Brasil. Teve discurso, contagem regressiva e corte de faixa de inauguração das vendas do novo sistema operacional da Microsoft. Confira nos vídeos (tremidos, é verdade, não sou profissional, hehe)…

Discurso de Michel Levy, presidente da Microsoft Brasil

O discurso foi realizado poucos minutos antes da meia-noite, para apresentar o Windows Vista para a platéia de cerca de 200 pessoas presentes. O Gerente de Produtos da Microsoft, Alexandre Leite, também fala algumas palavras explicando características do Windows Vista e Office 2007. Vídeo:

Para ver direto no YouTube: Lançamento Oficial Windows Vista no Brasil

Contagem regressiva para início das vendas

Para marcar o início das vendas do Windows Vista no Brasil, Steven Sinofsky (camisa 10 da seleção) corta a faixa após contagem regressiva. Tem ajuda, entre outros, do presidente da Microsoft do Brasil, Michel Levy. Vídeo:

Para ver direto no YouTube: Início das vendas do Windows Vista no Brasil

Veja também a entrevista do Bill Gates, pré-lançamento do Vista no Daily Show, via Digital Drops.

Fotos do Evento

Vista aérea
[Vista aérea]

Outro ângulo[Outro ângulo]

Equipe Microsoft, com Steven Sinofsky[Steven Sinofsky e equipe Microsoft]

Presidente da Microsoft do Brasil, Michel Levy[Presidente da Microsoft do Brasil, Michel Levy]

Test Drive[Test Drive do Windows Vista]

Para brincar[PC com Vista dando sopa]

Nossa senha para comprar[Senha que peguei ? s 22h]

PC OEM com Windows Vista na caixa[Caixas com Vista dentro]

Especificações de um dos PC[Configuração de um PC que estava sendo vendido]

PalmOS está vivo, mais do que nunca

por Alexandre Fugita

[PalmOS está vivo] Há anos muitos prevêm a morte do PalmOS. Na semana passada a Access (proprietária do software) finalmente colocou um fim no agonizante sistema operacional. Mudou seu nome para GarnetOS já que os direitos de uso da palavra “palm” já não lhe pertencem. O PalmOS está morto? Por um lado sim, mas por outro não. Em vários movimentos feitos pela Palm Inc (fabricante dos palms), podemos dizer que o PalmOS está mais vivo do que nunca. E não vai ser através do sistema operacional desenvolvido pela Access.

Um pouco de história

A Palm Computing criou há 11 anos o Palm Pilot, computador de mão que revolucionou a mobilidade. Vários produtos inovadores foram lançados nos anos seguintes. A certa altura começou a enfrentar concorrência da Microsoft que, como toda boa seguidora, sempre desenvolvia um produto inferior. Os anos passaram e a Microsoft passou a representar um concorrente forte com um produto cada vez melhor mas ainda complicado de usar. Hora de mudanças estratégicas e a Palm Computing resolveu separar a fabricante de software da de hardware.

O software ficou com a PalmSource e o hardware, com a PalmOne. Esperavam assim vender mais licenças a fabricantes de PDA e fazer frente à diversidade de marcas que os, na época chamados Pocket PCs, tinham. A estratégia não deu muito certo e o PalmOS começou a mostrar sua idade, perdendo em funcionalidades para o concorrente derivado do Windows. Depois de um tempo a PalmOne resolveu comprar da PalmSource os direitos exclusivos para o uso da palavra “palm” e voltou nome original Palm, agora “Inc” ao invés de “Computing”. No acordo a PalmSource deveria mudar seu nome retirando a palavra “palm” do marca.

[Linha do tempo da Palm]

Passado algum tempo a PalmSource comprou a China Mobile Soft, de olho no mercado chinês e no produto Linux para celulares desenvolvido pela empresa oriental. A essa altura a Palm Inc estava arrependida de ter se separado da parte do software anos atrás e resolveu que queria recomprar a PalmSouce, mas perdeu o leilão para a Access, empresa japonesa fabricante de browsers para dispositivos móveis, entre outros, interesada não no PalmOS e sim na China Mobile Soft. Não contente, a Palm, Inc começou a desenvolver internamente um novo sistema operacional derivado do Linux e compatível com a atual encarnação do PalmOS.

PalmOS não está morto

Recentemente a Palm Inc comprou da Access direitos de exploração total do código fonte do PalmOS da Access para sempre. A Access agora divulgou que não existe mais PalmOS e seu produto se chamará GarnetOS. Ok. PalmOS está morto. Não! A Palm Inc desenvolve há alguns anos um sistema operacional novo baseado no Linux e também possui os direitos sobre a palavra “palm”. A empresa de Sunnyvale, pioneira e ainda líder em computação móvel, está de volta à sua formação original com os principais executivos. Definitivamente o PalmOS retorna, ou seja, está vivo. O problema é saber se resisitirá em um mundo do, ainda complicado, Windows Mobile e agora do supreendente, mas ordinário, iPhone da Apple. É a revanche dos geeks: Apple Newton vs. Palm Pilot, transposta para o ano de 2007.

OutroLado, um Digg mais complicado

por Alexandre Fugita

[OutroLado] Nos últimos dias observamos o nascimento de mais um empreendimento na web brasileira que chamou a atenção. Trata-se do OutroLado, site de notícias colaborativas que guarda algumas semelhanças com o Digg e o Rec6. Há um sistema de votação para que artigos mais interessantes ganhem destaque no site, mas a semelhança pára aí. A proposta do OutroLado é um pouco diferente: você publica seu texto lá e eles ficam com a fama e os anúncios… Queria ter um blog assim: quem quiser, pode publicar textos completos, mas a receita de anúncios fica comigo. Se você gera conteúdo de qualidade melhor ter seu próprio site.

Concorrer ou ajudar?

Mecanismos de busca como o Google indexam nosso conteúdo mas não os exibem em seus sites. Mostram apenas trechos do texto e um link direto ao artigo pesquisado. Sites de notícias colaborativas como o Rec6 e o Digg fazem algo parecido, não exibem todo nosso conteúdo, apenas um resumo e colocam facilmente um link direto para o texto original. Todos esses serviços não concorrem diretamente com editores de blogs e mídia tradicional e sim os ajudam, gerando tráfego que pode se converter em leitores qualificados e receita.

O OutroLado tem uma proposta diferente. O conteúdo é publicado lá. Claro, ninguém é obrigado a postar, quanto mais colocar um texto completo, além do que há a liberdade de colocar apenas um resumo e um link para a fonte. Mas não é simples como no Digg ou Rec6. Ao clicar no artigo publicado na página principal, vamos a outra página dentro do próprio serviço, com o artigo ou resumo. E se quem publicou quiser, aparece um link para o site original.

O OutroLado não é assim tão rede social quanto o Digg e Rec6 devido a possíveis problemas de direito autoral. Creio que só publicarão lá os donos do conteúdo e não qualquer pessoa que tenha achado a notícia ou artigo interessante. Mas os donos do conteúdo não irão publicar textos completos pois o interesse deles é gerar tráfego para seus próprios sites. No final o OutroLado vai virar um Rec6 ou Digg mais complicado.

[OutroLado, exemplo]

Conclusão

Sou grande incentivador de novos empreendimentos na web brasileira. Achei a proposta do site interessante, terão o seu público e torço para que façam sucesso. Mas tendo em vista que criar um blog é fácil e barato (e.g., wordpress.com), e que se você gera conteúdo de qualidade é melhor ter seu próprio site, não há estímulo algum para publicar textos no OutroLado.

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