Mulheres e tecnologia

por Alexandre Fugita

[Mulher tech] Hoje é 8 de março, dia Internacional da Mulher. Já que este é um blog de tecnologia, minha homenagem será falar um pouco dos blogs/ podcasts de tecnologia que acompanho e são feitos por mulheres. Pra falar a verdade não conheço muitos, mas os que conheço são muito bons. Não tenho estatísticas precisas – o Google Analytics não fornece essa informação – mas é evidente que esse blog é visitado por poucas mulheres. E uma pequena parte delas já se arriscaram a comentar. Mas sei que tenho leitoras. Inclusive tem uma amiga que diz que adora ler os comentários. Os posts ela deixa de lado, hehe!

Garota Sem Fio

A Bia Kunze deve ser a geek mais conhecida da web brasileira. O blog dela é bastante visitado e essa incursão no mundo da tecnologia fez a cirurgiã-dentista, multi-tarefa, multi-disciplinar, transformar-se em consultora em tecnologia móvel. Ela estava guardando uma novidade e que foi anunciada hoje em seu podcast: vai se mudar para SP para desenvolver esse lado de consultora e projetos em tecnologia. Na imprensa, quando se fala em podcast e tecnologia móvel a Bia é figurinha carimbada. Já deu entrevistas para jornais, revistas, etc…

ElasPod

A Alessandra Marfisa e a Mila Juns fazem um podcast bem descontraído e divertido sobre tecnologia, mais voltado para web e Apple. Uma mora em Ribeirão Preto e a outra fica em São Paulo e gravam os programas via VOIP. O podcast faz bastante sucesso e inclusive já foram entrevistadas na TV e saíram em revistas e jornais.

Lulileslie

A Lulileslie tem um blog sobre arquitetura da informação, internet e outras coisas. Fala sobre formas de organizar a informação, curiosidades web e sempre aponta leituras aprofundadas sobre alguns temas muito bons. Até onde sei a Lulileslie gosta de jogos de tabuleiros e planeja criar um jogo sobre créditos de carbono. Estou esperando!

commandN

Esse é um vídeo podcast direto do Canadá (aquele país ao norte dos EUA), sobre web e Apple. Uma das apresentadoras principais é a Amber MacArthur, também participante do ótimo net@nite. Se você sabe inglês e gosta de web, vale conferir.

4 dicas para você blindar sua rede sem-fio

por Lucas Castro

[Wi-fi]Olá, meu nome é Lucas Castro e mantenho o about:blank. Recentemente, fui convidado pelo Fugita para escrever um artigo aqui no Techbits e escolhi escrever sobre como proteger redes Wi-fi. Escolhi isso porque percebo que muitas pessoas possuem redes deste tipo em casa, e por falta de conhecimento acabam por deixá-las completamente sem segurança, permitindo acesso de qualquer pessoa por perto. Seguindo essas 4 simples dicas, você aumentará significativamente a segurança da sua rede.

obs: o Fugita foi convidado para escrever sobre como blogar como convidado no about:blank.

  1. Altere a senha de administração. As senhas padrões de roteadores, access points, appliances, switches são divulgadas através de listas de senhas padrões. Lembre-se de usar uma senha segura – letras e números alternadamente, sem repetição alguma e maior que 6 caracteres. Não se importe em anotar essa senha em algum papel, apenas lembre-se de guardá-lo em local seguro. Se possível troque a senha periodicamente – uma vez a cada 3 meses, por exemplo.
  2. Troque o SSID. Coloque algo diferente que dificulte a identificação da fonte da rede. Assim, mesmo que eventualmente alguns pacotes da sua rede sejam capturados, não haverá como descobrir da onde eles vêm. Procure sempre usar nomes genéricos como “wifi_jkl”, “default123” e assim por diante.
  3. Desabilite o “SSID Broadcast”. Isso evita que dispositivos identifiquem automaticamente a existência da sua rede. A desvantagem é que para conectar, você terá que inserir manualmente o SSID. O que não é exatamente uma grande dificuldade, já que você terá que digitar a senha também.
  4. Ative criptografia[bb] dos dados. Para isso, habilite a opção de criptografia WPA/PSK com TKIP. Para gerar a senha (passphrase) utilize o gerador de senhas seguras desenvolvido pelo Steve Gibson. Sem criptografia, é possível capturar todas as informações que trafegam na rede como por exemplo: conversas de MSN, logins e senhas em sistemas HTTP, e-mails e etc. Com a criptografia, mesmo que pacotes sejam interceptados, ninguém conseguirá descobrir o conteúdo real deles. Note que a senha terá 63 dígitos, o que torna o ato de digitá-la algo não muito prático. Por isso, recomendo a utilização de um meio seguro para compartilhar a senha com os dispositivos que vão acessar a rede – um pen drive por exemplo. Uma vez digitada, a senha será armazenada na memória interna do computador ou dispositivo e não será necessário redigitá-la.

[config nos roteadores]

Scribd: o YouTube dos documentos

por Alexandre Fugita

[Scribd] Pois é… Quando achava que não poderia mais surgir alguma idéia para redes sociais, descubro no Techcrunch que existe uma para documentos .doc, .xls, .pdf, etc… Depois dessa acho que qualquer coisa pode virar rede social. O serviço chama-se Scribd, é interessante, está na estrada há algum tempo e tem razoável conteúdo enviado pelos usuários. Há livros, textos, tabelas, etc… Assim como no YouTube é possível colocar um documento “embedded” em uma página html, usar tags para classificar o material, fazer download do arquivo em vários formatos. Uma coisa interessante é a possibilidade de ouvir um audio ditado do documento, feito por uma máquina, o que significa uma voz muito estranha. O serviço chamou a atenção inclusive de um VC e recebeu essa semana investimentos de capital de risco.

Compartilhar

A idéia de toda rede social é o compartilhamento de informações e a interação entre os usuários. Em termos de interação, há um sistema de votos para indicar que você gostou daquele texto. No caso de compartilhar um livro ou texto, é interessante, mas isso será feito publicamente. Há outras formas de fazer sua equipe ter acesso a um mesmo documento, via web, sem se expor ao público. Um grande exemplo disso é o Google Documentos e Planilhas.

Um dos problemas que vi no Scribd é que há material protegido por direitos autorais. Uma rápida pesquisa mostrou que um dos campeões de venda do ano passado, o Freakonomics, está na íntegra disponível no site.

Shelfari

Uma outra rede social de livros, mas desta vez sem nenhum conteúdo disponível na internet, é o Shelfari. Trata-se de uma estante virtual na qual você pode catalogar sua biblioteca, compartilhar a lista de livros com amigos, sugerir e receber sugestões para leitura. Bastante interessante.

Leia mais:

O YouTube dos textos, via futuro.vc

Ei, eyeballs: prestem atenção!

por Alexandre Fugita

[Eyeballs] A cada dia, mais e mais informação é disponibilizada na web, o crescimento é exponencial. Uma notícia, que tinha vida útil de várias horas na era do jornal, na web, passa a ser importante apenas por alguns minutos. A todo momento estamos procurando por novidades. O jornal impresso de hoje só trás notícias de ontem. Ultrapassado. Em tempos de web as pessoas só vão ler algo quando encontrarem informação relevante que valha seu precioso tempo. Blogs surgem aos montes, sites de notícias conheço às duzias. Todas competem pelo mesmo “produto”, nossa atenção, nossos eyeballs.

RSSzando suas leituras

Pra quem lê muita coisa ou precisa acompanhar várias fontes de informação ao mesmo tempo, nada melhor que o RSS. No começo é uma maravilha. Todo aquele tempo que você gastava entrando de site em site para descobrir coisas novas pode ser resumido a uma passada pelo seu agregador favorito. Aqueles que têm novidades ficam em destaque e não perdemos tempo. O problema chega quando o número de feeds que se acompanha toma proporções gigantes (meu caso). Significa que chegou a hora de cancelar a assinatura de alguns sites, algo que pouca gente faz.

Filtros de conteúdo

Há muitos serviços que filtram conteúdo e oferecem assuntos mais relevantes para determinado público. É o caso dos sites de notícias colaborativas como o Rec6 que, dependendo do que os usuários acharem das matérias lá postadas, pode cair no ostracismo ou ser promovida à página principal.

Mas nem sempre o que é relevante para os outros é relevante para você. Então é hora de criar o próprio filtro. O Yahoo! Pipes cumpre bem este serviço, filtrando ainda mais informações das mais variadas fontes. Não entendeu nada como funciona? O Bruno Alves fez um tutorial.

Busca automática e filtrada

Na verdade seu hábito é sempre procurar os mesmos determinados assuntos nos mecanismos de busca. É possível automatizar isso. O Technorati, buscador de blogs, oferece feed RSS de cada pesquisa que você faz. Criei, por exemplo, um feed de tudo que sai sobre MSX (aquele micro de 8 bits da década de 1980) na blogosfera brasileira.

Se quero pesquisar notícias em andamento, como por exemplo, o caso Vivo, Portugal Telecom e grupo Sonae, posso criar um feed (este aqui) com essa pesquisa no Google News. Simples, fácil, e se você souber usar essas e outras ferramentas conseguirá informações relevantes, com pouco ruído e poderá gastar o precioso tempo dos seus eyeballs com o que realmente interessa.

Tradução com crowdsourcing

por Alexandre Fugita

[Google] Quem se lembra do Babelfish do Altavista para traduzir páginas web? Quando surgiu, muito tempo atrás, as traduções eram sofríveis e creio que melhoraram com o passar do tempo. Ferramentas automáticas dificilmente conseguem fazer um bom trabalho quando se trata de transformar uma língua em outra. O Google, que quer dominar o mundo, naturalmente possui um tradutor. Só que agora, se não gostarmos do resultado podemos sugerir uma melhor tradução. Não está disponível em todas as combinações de línguas mas, ainda assim, interessante pois esse novo sistema usa conceitos de crowdsourcing e sabedoria das multidões.

Inteligência Artificial na infância

Apesar de todo desenvolvimento tecnológico, ainda não se conseguiu produzir uma máquina inteligente de verdade. Coisas como tradução de textos e a busca semântica não conseguem encontrar nos bits e bytes um sistema ideal. Então precisamos apelar para os humanos. Na medida que o Google classifica as sugestões de tradução enviadas pelos seus milhões de usuários, é possível refinar o mecanismo para dar resultados melhores.

Isso está na essência do crowdsourcing, pessoas ao redor do mundo disponibilizando parte de seu tempo para executar uma tarefa em conjunto. O resultado – uma melhor tradução – pode ser considerado como o que as pessoas acham que está correto e, portanto, enquadra-se perfeitamente na sabedoria das multidões. Enquanto as máquinas continuam burras, nada melhor que um ser humano para cuidar das coisas complexas…

Siga-nos no Twitter Nossa página no Facebook Assine o RSS Receba os posts pro email