Windows Live Hotmail. Alguém?

por Alexandre Fugita

[Hotmail, circa 1998] Hoje a Microsoft está lançando oficialmente o Windows Live Hotmail (http://mail.live.com). O Hotmail é uma das linhagens mais antigas de webmail que existe. Começou em 1996, foi comprada pela Microsoft[bb] em 1997 e por muito tempo dominou o cenário dos e-mails gratuitos da internet. Usei o serviço como meu endereço principal durante vários anos. Quem é dessa época deve lembrar do logotipo ao lado. O Windows Live Hotmail é uma evolução da plataforma e estava em teste beta há mais de um ano. Será que volta a ser “hot” como antigamente?

2 GB, antes tarde do que nunca

Agora os usuários terão gratuitamente 2 GB de espaço de armazenamento, acesso via Outlook, acesso móvel e com sincronização de e-mails e contatos. Antes alguns destes serviços premium eram cobrados. Todos os usuários do Hotmail poderão migrar para o novo Windows Live Hotmail facilmente.

Pra falar a verdade não uso Hotmail há anos. Apenas lembro que tinha míseros 2 MB (sim, Megabytes) e que de repente isso ficou ultrapassado com o surgimento do Gmail. A partir daí não sei mais do Hotmail. Nunca entendi o motivo do botão próxima mensagem ir para a mensagem mais antiga do que a mais nova, como vejo na minha lógica. Nesse meio tempo perdi minha senha do Hotmail, tentei recuperar com a Microsoft, mas chegaram à conclusão que eu não era eu. Ei, tem alguém da MS lendo aí que queira me ajudar?

Nada de Silverlight

Agora parece que tudo está melhor, a interface lembra o Outlook e implementa recursos modernos da “web 2.0”. O estranho de tudo é que o serviço não usa o Silverlight, plataforma de desenvolvimento de aplicativos web recém lançada pela gigante de Redmond. De qualquer forma é uma ótima notícia para aqueles que ainda usam o Hotmail seja por questões sentimentais ou por causa do MSN (dica: dá pra configurar MSN com e-mail da concorrência). Aos saudosistas, um vídeo da própria MS com a evolução do Hotmail.

Web reloaded

por Alexandre Fugita

[Silverlight] Não, essa não é uma seqüência da Matrix. Um dos assuntos mais importantes da semana passada foi a demonstração do Silverlight da Microsoft. Para quem não sabe, o Silverlight é uma plataforma para criação de Rich Internet Applications que a gigante de Redmond está lançando e impressionou todo mundo. Desenvolvedores por toda a web estão falando que a web renasceu, foi “rebootada”, vai mudar depois do Silverlight. Desde o keynote de demonstração do produto estou para escrever algo aqui, mas precisava analisar toda a informação disponível pela web e blogosfera. Pra quem ainda duvidava, a web é mesmo a plataforma.

Rich Internet Applications

O que eu entendo de RIA é que são aplicações web que tentam mimetizar ao máximo aplicações normais de desktop. Arquitetos da Informação me corrijam se estiver errado. Com o Flash é possível criar Rich Internet Apps, assim como usando-se o quase ex-hype AJAX e agora, o Silverlight.

Desde sempre dizem que a web vai virar plataforma. Só recentemente com a popularização de algumas tecnologias está tornando isso possível. A banda larga é fundamental, assim como um bom browser e um computador rápido. Com esses três elementos diminuímos os problemas causados pelos lags intermináveis que aplicações web estão sujeitos.

E a tendência é essa mesmo. A Adobe possui o Flex, plataforma de desenvolvimento de RIAs off-line baseado no Flash. A fundação Mozilla deve lançar o Firefox 3 com suporte aplicativos web rodando off-line. A Microsoft lança o Silverlight para concorrer neste mercado que deve ser uma das possíveis evoluções da web.

Além de novíssimas e reluzentes aplicações web, vamos ver uma evolução no software corporativo usando estas tecnologias. Esse troço chamado web 2.0, AJAX, etc, foi apenas um período de transição. Não é à toda que por toda blogosfera ecoa que web 2.0 não existe, não é nada, blá e blá. Agora é esperar pra ver qual vai ser o vencedor da nova e sangrenta batalha. Adoro isso!

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  • Silverlight, uma discussão interessante via about: blank

A caixa de Pandora se fecha

por Alexandre Fugita

[Pandora] Quem usava o Pandora aqui no Brasil vai ter uma péssima notícia a partir de hoje. Devido a problemas de licenciamento de conteúdo, o Pandora ficará disponível apenas para residentes dos EUA e alguns poucos países. Não é preciso nem dizer que o Brasil está fora. Veja a mensagem que foi enviada para os usuários não residentes nos EUA aqui. Para quem não conhece o Pandora é um serviço de recomendação musical, refinado através dos nossos gostos pessoais. Quando ouvimos uma música podemos dizer se ela faz nosso gosto ou não. Analisando diversos fatores do “DNA” da música, o Pandora determina quais bandas que se encaixam no seu perfil, tocando músicas delas e sugerindo novos sons.

Last.FM e Musicovery

Uma outra opção para quem procura rádios virtuais é o Last.FM. Diferentemente do Pandora no Last.FM é necessário instalar um software no computador. Devido a esse detalhe nunca utilizei o Last.FM. Leitores do Techbits sabem que prefiro softwares on-line. Outra opção é o Musicovery. Este é on-line e toca músicas seqüencialmente seguindo um padrão. Pena que a base de músicas seja muito pequena. Veja um review do Musicovery no Issamu.

Monetização

O modelo de monetização desses sites é o mesmo: referenciar para lojas virtuais compradores de música. Ao oferecerem gratuitamente música por streaming, atuam como uma rádio analógica normal. A qualidade não é excelente e serve muito bem para divulgar músicas. A grande vantagem é que você fica quase livre para escolher a programação que mais lhe agrada. Coisas da cauda longa.

Esse bloqueio será feito por IP e tem a ver com aquela nova lei americana que está ameaçando a existência de rádios on-line. Estou aqui curtindo os últimos momentos antes da caixa de Pandora se fechar…

O código da discórdia

por Alexandre Fugita

[09 F9 11 02 9D 74 E3 5B D8 41 56 C5 63 56 88 C0] Hoje é um dia daqueles para se lembrar na história da web. Uma seqüência numérica está tirando muita gente do sério. Sim, é o código exibido imagem acima (via Download Squad): 09 F9 11 02 9D 74 E3 5B D8 41 56 C5 63 56 88 C0. Trata-se da chave criptográfica que quebra o sistema AACS dos HD-DVDs. No dia 17 do mês passado, a associação que mantém o AACS enviou um ofício ao Google pedindo que retirassem alguns sites do Blogger do ar por estarem exibindo tal código. Só que acabaram ajudando a divulgá-lo. Da mesma forma que aconteceu com o DeCSS dos DVDs, esse código do AACS do HD-DVD vai virar uma lenda na história da tecnologia.

Digg fora de controle

[Digg fora de controle] O Digg é quase a expressão máxima da sabedoria das multidões, do crowdsourcing e da colaboração em tempo real. Lá as pessoas postam, votam e definem o que é importante para ir à página principal. Os usuários se auto-regulam e intervenções acabam causando coisas estranhas facilmente percebidas pela comunidade. É o que está acontecendo neste exato momento.

Durante os últimos dias várias histórias divulgando o código de quebra para HD-DVD foram sistematicamente apagadas pelos moderadores do site. O que aconteceu? A multidão se enfureceu e conseguiram armar um Digg-bombing no qual praticamente todas as histórias da página principal apontam para tal código (imagem acima).

Kevin Rose, fundador do site, jogou a toalha. A intervenção ativa causou tanta revolta que simplesmente o Digg acaba de perder credibilidade com o seu público potencial. Cavaram o próprio buraco.

09 F9 11 02 9D 74 E3 5B D8 41 56 C5 63 56 88 C0

Para evitar vandalismo e publicação do código, a Wikipédia bloqueou a edição do verbete referente ao HD-DVD. Isso já aconteceu antes quando um tema fica polêmico demais e todos começam a se guiar pela emoção. Até já criaram uma música cuja letra é exatamente o código proibido. Chama-se Oh Nine, Eff Nine e está no YouTube, veja aqui.

O famoso hacker DVD Jon foi o responsável pela quebra do código do DVD há alguns anos. Se não me engano acabou preso por isso, mas ficou famoso. Seu código logo virou camiseta e não duvido nada que daqui a alguns dias já tenha gente fazendo camiseta com 09 F9 11 02 9D 74 E3 5B D8 41 56 C5 63 56 88 C0. Aquela outra seqüência numérica famosa, 4 8 15 16 23 42, perdeu a vaga dos números mais cools do mundo geek. Por enquanto…

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Na blogosfera brasileira:

Efeito DoubleClick

por Alexandre Fugita

[Yahoo!] Pouco mais de duas semanas após a aquisição da DoubleClick pela Google, a Yahoo! mostra suas garras e anuncia a compra dos 80% da RightMedia que ainda não era dona. A RightMedia é uma empresa de publicidade on-line e vem a se juntar ao projeto Panama, sistema de anúncios da Yahoo! em andamento há pouco tempo. A aquisição faz sentido já que a RightMedia atua na mesma área da DoubleClick. O curioso é que a publicidade on-line parece cansada da cauda longa (links patrocinados) e voltando para um modelo de negócios dito do século passado (banners). Vai entender…

Yahoo!: novo CEO?

A Yahoo! tem decepcionado os investidores nos últimos tempos. Tanto que alguns especulam que está na hora de trocar de CEO. Na divulgação dos resultados do último trimestre ficou 11% abaixo do que os analistas previam enquanto a Google e a Microsoft supreenderam com crescimento acima do esperado. Apesar da crise, um dos comentários no post em que Terry Semel anuncia a compra da RighMedia, um provável funcionário da empresa diz confiar totalmente em sua liderança e pede para ficar pelo menos mais 5 anos.

O projeto Panama levou muito tempo para entrar efetivamente no ar. A Yahoo! está em crise já faz um tempo e esse projeto seria a salvação para sua receita que não cresce. Além disso, o fortalecimento do Google na publicidade on-line tem sido uma pedra no sapato do, outrora, mecanismo de busca dominante.

Microsoft

As más línguas dizem que a Microsoft não perdeu o leilão pela DoubleClick e sim foi preterida em favor do Google. Todo dinheiro de Redmond não foi suficiente para vencer o pessoal de Montain View. Agora é esperar que a Microsoft faça algum movimento dentro do mercado de publicidade on-line, ramo no qual tem apresentado resultados pífios frente às rivais. Esse assunto está ficando cada vez mais interessante!

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