16 março 2007
por Alexandre Fugita
Esses dias o Techbits foi “atacado” pela enésima vez por copiadores descarados de conteúdo. Tentei resolver com o blog copiador mas ao contrário das outras vezes, não consegui. Não há email ou qualquer forma de contato. Tive que apelar para outros artifícios. Ainda bem que na web, deixam-se rastros. O copiador, editor do Joost Brasil e que se auto proclama Safadonis, é facilmente rastreável. É o que sempre digo, o Google é um perigo, você vai querer permanecer anônimo.
Maringá FM
Ontem mesmo o Cardoso do Contraditorium publicou o vexame público que a rádio Maringá FM se auto-impôs ao copiar um texto e sugar uma foto de servidor alheio. Vexame total. Copiadores são tão preguiçosos – e por isso seus sites estão fadados ao fracasso – que sequer colocam imagens em servidores próprios, sequer alteram os links do texto original e sequer mudam a narração em primeira pessoa quando o texto original está assim.
IDGNow!
Recentemente o IDGNow! percebeu ser vítima de cópia por um desses blogs que surgem tão rápido quanto desaparecem. O Guilherme Felitti, repórter do IDGNow! e blogueiro do Chá Quente escreveu sobre o assunto chamando o problema como a Lei de Gérson da Web 2.0 brasileira. A conclusão dele é interessante: “Comunidades digitais são feitas por pessoas e vale lembrar que, por mais que algum esperto lembre do Gérson, a sabedoria da multidão ainda é mais importante e impactante.”
Techbits
O Techbits adota licença de uso chamada Creative Commons, que dá o direito de outros copiarem e reproduzirem todo material, desde que sigam algumas regras. E o pessoal insiste em não seguir, mesmo ciente desta necessidade. O colega blogueiro copiador usou imagens hospedadas no servidor do Techbits. Não tive dúvidas, troquei por uma mensagem informando da origem do texto. Sou mais bonzinho que o Cardoso e seus discípulos.
Logo depois o blogueiro copiador retirou todo o post do ar e colocou, na maior cara de pau, uma mensagem de problemas técnicos. Hoje volta com o mesmíssimo post copiado sem a referência para meu texto original. Com a reincidência fiquei bravo. Se vai copiar, faça direito e coloque meu link lá!
Com ajuda do Rafael Arcanjo do Arcanjo.org e do Imperador.org, descobri o nome do copiador, a data de nascimento do sujeito, a cidade em que mora e até seus gostos musicais. Ah, boa sorte no vestibular! Quer Administração, não? Só não faça copy/ paste nos trabalhos da faculdade. Pode se dar muito mal.
obs: devido à reincidência, falta de resposta e providências por parte do copiador, o caso foi comunicado ao Adsense e ao Blogger para que tomem as medidas necessárias. Informo que tentei várias formas de resolver a situação para que o copiador se adequasse às normas definidas no Techbits.
14 março 2007
por Alexandre Fugita
Essa notícia é pra comemorar. O Via6, rede social voltado ao mercado corporativo, e o Rec6, site de notícias colaborativas, receberam há cerca de 1 mês um aporte de capital da Confrapar, investidora de capital de risco. Segundo matéria do IDGNow!, o valor do investimento não foi revelado mas trata-se de um dos primeiros investimentos de VC em empreendimentos da web 2.0 brasileira. Aqui no Brasil há investidores de capital de risco, mas em geral colocam seu dinheiro em empresas “de verdade”, não virtuais. Será esse aporte um sinal de mudanças no cenário brasileiro?
Capital de risco
Nos EUA temos o Vale do Silício onde várias empresas de capital de risco investem pesado, esperando retornos extraordinários ou tombos espetaculares. Na média geral ganham um bom dinheiro. O Google surgiu assim e faz parte do grupo dos que deram certo.
Ultimamente com a moda da web 2.0 inúmeras startups inventam rede social para tudo, incluindo aí documentos. E claro, partem à procura de um maluco investidor para realizarem sua visão. Muitas conseguem, algumas vingam e outra parte é comprada por alguma gigante com bastante dinheiro.
Talvez no Brasil até exista essa cultura. O problema é a falta de boas idéias ou de boa implementação. Vários serviços se destacam na nuvem de startups tupiniquins, alguns deles com idéias muito boas. Resta saber se existem interessados em investir, correr o risco e quem sabe ganhar muito dinheiro com isso.
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13 março 2007
por Alexandre Fugita
A notícia está por toda a blogosfera e mídia tradicional: a Viacom está processando o YouTube em 1 bilhão de dólares. A Viacom tem todo direito sobre suas propriedades intelectuais e deve ganhar dinheiro com isso, não há dúvidas. Mas isso só mostra uma coisa que me preocupa mais do que o valor pedido no processo: empresas inovadoras como o Google acabam sofrendo as conseqüências de serem as primeiras a se arriscarem em um novo modelo de negócios. Ok, você vai dizer que quem criou o YouTube não foi o Google. Sim, mas várias outras unidades de negócios da gigante de buscas sofrem com essa mania de inovação.
Paradigmas
O mundo está vivenciando uma mudança radical na distribuição de conteúdo. Ninguém quer esperar um ano pra assistir à série preferida quando alguma TV resolver passar por aqui. Ninguém tem mais tempo pra assitir um programa na televisão na hora que a emissora quer passar. Todos queremos que a busca retorne os melhores resultados, onde quer que essa informação esteja. Pode ser em um livro na biblioteca da esquina ou em algum blog perdido na internet.
Se uma empresa não consegue acompanhar as inovações e as mudanças rápidas que ocorrem na era da informação, que deixemos a seleção natural de Darwin matá-la. A outra opção seria mudar a forma de trabalhar e inovar também. Mas o que está acontecendo é que esse conservadorismo, essa falta de aceitação que novos modelos de negócio existem, as impede de trilhar o mesmo caminho. Preferem processar ao invés de inovar. Essas estão riscadas dos meus links.
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10 março 2007
por Alexandre Fugita
Moro em São Paulo. Aqui o tempo é muito instável a ponto de ocorreram as 4 estações do ano em um único dia. No início da noite da última sexta-feira um temporal elétrico assolou a cidade (ou pelo menos meu bairro). Estava no PC provavelmente fazendo algo para o Techbits ou para o Meio Bit. Tive que desligar às pressas pois não queria correr o risco de queimar algum equipamento devido à intensidade dos raios. Desliguei. A tempestade passou. Ao religar todo o sistema, que inclui um modem e um roteador wi-fi, surpresa, o roteador provavelmente estava queimado. Não tenho certeza ainda, mas acho que o modem também se foi. Ambos ficam sempre conectados ao cabo que provê a internet. Sem acesso à web, trabalhar nos blogs fica impossível. Nem um mísero discador do iG eu possuía para tentar uma conexão discada… Mas e agora?
Portable Firefox
Ainda bem que existe o Portable Firefox. Para quem não sabe, é uma versão do navegador da raposa que pode ser instalado em um pen-drive. Sempre rodo o Portable no meu PC pois quando preciso usar todo meu sistema em outro lugar, é só copiar a pasta para o pen-drive e pronto! Fiz a cópia e parti para uma lan-house. E é neste ambiente que, com um pen-drive e uma instalação portátil do Firefox, tenho tudo que preciso. Sou entusiasta do software on-line, então praticamente nenhum documento que preciso no dia a dia está no HD do PC e sim na web.
Textos para os blogs estão todos no Google Docs. E-mail, tudo via Gmail e Google Apps. Leitura do RSS, tudo via Google Reader. Já entendeu, né? Meu PC pode ser destruído que pra mim não faz diferença alguma. Todo aquele hardware é apenas um acessório para o Firefox. E o Firefox é a janela para a web e boa parte dos softwares que uso.
Internet é serviço básico
Ok, você vai dizer, se deu mal pois ficou sem internet e por isso não consegue usar softwares on-line. Sim, é verdade. Mas também se todos meus arquivos estivessem armazendos no PC e este tivesse queimado, não teria acesso a nada em lugar algum. Mantendo tudo on-line posso acessar tudo de qualquer lugar, no caso, uma lan-house.
Então vamos pensar na possibilidade de a internet ficar fora do ar em todos os lugares por um longo período de tempo. Bom, se a internet ficar fora do ar pra todo mundo, não haverá razões para atualizar o Techbits… e, provavelmente, uma situação dessas pode ter sinal de algo muito mais grave e um PC com todos os documentos no HD não vai servir pra nada.
9 março 2007
por Alexandre Fugita
Já estou ouvindo as pedradas, mas vamos lá. O termo web 2.0 não é o que podemos chamar de unanimidade na blogosfera, imagine então começarmos a falar de web 3.0. E primeira vidraça foi quebrada. O ótimo Read/ Write Web publicou no mês passado um post explicando o que seria essa fórmula do título.
Conteúdo, Comunidade e Comércio
A tônica da web 2.0 tem sido conteúdo e comunidade. Está na moda o usuário criar o conteúdo, seja em redes sociais ou blogs. Exemplos de comunidades não faltam: Orkut, YouTube, Flickr, blogosfera… Todos eles orbitam na chamada web 2.0.
A web 1.0, anterior ao que temos hoje, era centrada no comércio. Exemplos são a Amazon, E-bay, Submarino… Todas elas evoluíram de alguma forma para a web 2.0, algumas mais que outras. Já temos então 3Cs.
Personalização e Contexto
A personalização é algo extremamente complicado. Nem o Google, com sua base de dados das intenções, consegue trazer resultados personalizados de busca. Por outro lado a empresa de Montain View é craque em exibir anúncios personalizados. Páginas iniciais como o Netvibes ou Pageflakes são tentativas de personalização, mas feita pelo usuário. A Netflix vai dar 1 milhão de dólares para quem conseguir desenvolver um algoritmo de sugestão de filmes melhor do que existe hoje. A personalização é um diferencial que as empresas podem oferecer neste mundo massificado de hoje (Cauda Longa).
Junto com isso chega o contexto. Não adianta nada oferecer anúncios de janelas em um site que fala sobre Windows. Os entusiastas da web semântica – aquela que nós taggeamos a informação com outra informação – acreditam que todos os desenvolvedores de sites irão, por boa vontade, usar meta-informações em seu código. Esquecem que ainda hoje encontramos sites que não usam CSS, imagina microformatos. Vai ser difícil fazer as máquinas entenderem o contexto das coisas. Quem sabe com o advento da singularidade…
Pesquisa Vertical
Esse é um nicho com enorme potencial. Ao invés de ser generalista como um Google ou Yahoo!, a pesquisa vertical foca em um único mercado. O Buscapé é um exemplo disso, com comparação de preços em lojas virtuais. É uma forma de filtro no mar de informações que crescem a largos passos e que atingiram 161 Hexabytes no ano passado.
Imagine
Bom, aqui vou reproduzir o exemplo retirado diretamente do Read/ Write Web, em inglês:
- I am a petite woman, dark skinned, dark haired, brown eyed. I have a distinct personal style, and only certain designers resonate with it (Context).
- I want my personal SAKS Fifth Avenue which carries clothes by those designers, in my size (Commerce).
- I want my personal Vogue, which covers articles about that Style, those Designers, and other emerging ones like them (Content).
- I want to exchange notes with others of my size-shape-style-psychographic and discover what else looks good. I also want the recommendation system tell me what they’re buying (Community).
- There’s also some basic principles of what looks good based on skin tone, body shape, hair color, eye color … I want the search engine to be able to filter and match based on an algorithm that builds in this knowledge base (Personalization, Vertical Search).
Web 3.0 não existe
Antes que os puristas da web resolvam fazer um ataque DDoS ao Techbits, vamos deixar claro: Web 3.0 não existe, web 2.0 não existe e web 1.0 não existe! Tudo isso foi invenção de alguém sem nada pra dizer e que foi lido e espalhado por pessoas sem nada pra fazer.