1 janeiro 2008
por Alexandre Fugita
Primeiro de tudo, Feliz 2008! Bom, o Techbits esteve em recesso nos últimos dias – férias coletivas, claro! – mas volta agora com esse primeiro post de 2008 e muitos outros que seguirão. Isso já é uma daquelas resoluções de Ano Novo, ou seja, muitos posts para refletir e criar ótimas discussões.
O ano de 2007 foi fantástico para os blogs, pelo menos na minha visão. Na verdade essa era uma dúvida que eu tinha pois o Techbits existe desde 2006 e não tinha certeza se 2007 foi um ótimo ano para a blogosfera ou isso era apenas uma constatação particular relacionada a este site. Mas conversando com outros blogueiros experientes e de longa data, descobri que realmente 2007 foi ótimo para os blogs.
O ano que se inicia hoje provavelmente será melhor ainda. Blogs estabelecidos vão crescer. Blogs novos vão surgir. A massa de blogs continuará a aumentar. E isso é ótimo para todo o mercado, que deve amadurecer ainda mais, criar mais profissionais, aumentar o interesse das empresas nessa mídia que forma opinião.
Meio que respondendo a uma tag sobre objetivos para 2008, diria que quero manter o crescimento do Techbits e dominar o mundo. Claro que essa parte de dominar o mundo é brincadeira, mas como sei que os blogs brasileiros têm um enorme potencial de crescimento neste ano, mais do que no ano que passou, enxergo o Techbits fazendo sua parte neste mercado.
E torço para que a forte blogosfera brasileira faça a sua parte, que os empreendedores brasileiros atinjam seus objetivos e que 2008 seja o ano dos blogs. De novo!
(*) foto deste post obtida no Flickr, licença Creative Commons.
22 dezembro 2007
por Alexandre Fugita
Já uso o Google Maps Mobile (google.com/gmm) no meu Treo há um bom tempo. Em São Paulo é bastante útil para achar aquela ruazinha perdida no meio das avenidas conhecidas. Fora de São Paulo, já me foi extremamente útil para encontrar o hotel ou o lugar que precisava ir. O problema sempre foi saber onde você está inicialmente, para procurar nas redondezas. Claro, um GPS ajudaria, mas o equipamento ainda é caro e eu não tenho.
Faz cerca de um mês que o Google atualizou o software para a versão 2, com a funcionalidade de localização baseada em antenas de celular (ERBs), chamada de Meu Local. É como mágica. O aparelho detecta as ERBs próximas, no mínimo três, e calcula a sua posição aproximada. Imaginei que isso não seria tão preciso, mas por incrível que pareça, é. Na verdade o Google ainda não atualizou o software para o Treo, mas como recebi emprestado um E61i, por estar escrevendo no blog Nokia Intellisync, consegui testar.
Funciona razoavelmente bem em São Paulo, na maioria das vezes você está bem próximo do local que o Google Maps aponta no mapa. A Lu Monte, de Brasília, disse que lá o sistema não funciona. Tanto em Brasília quanto em São Paulo, testamos na rede da TIM. Então descarta-se a não compatibilidade com a operadora. Aqui em SP também testei com a Claro. O que imagino que seja é que o Google ainda não “cadastrou” a posição geográfica das antenas de lá. Não faço a idéia da situação em outras capitais/ cidades – no Rio, funciona.
Privacidade
Para os paranóicos de plantão – incluindo eu – sempre surge a questão da privacidade. O Google já sabe o que eu leio, o que eu pesquiso, por onde clico. Será que agora também vão registrar onde estou? Por via das dúvidas prefiro só ativar esse serviço em caso de necessidade verdadeira, ou para testes, como fiz aqui na última semana em andanças por SP. De qualquer forma, quem não tem GPS, caça com LBS. Quem não tem nenhum dos dois e nem o Google Maps Mobile, fica perdido!
18 dezembro 2007
por Alexandre Fugita
Ontem a noite vários blogueiros foram convidados pela rádio Cultura AM para o lançamento de um novo serviço chamado Radar Cultura. Lembra que antigamente nós ligávamos para a rádio pedindo uma música na tentativa de fazer tocá-la no dial? Pois é, com o Radar Cultura isso foi transferido para a internet, sob a forma de um serviço tipo Digg no qual votamos nossas preferências musicais – só música brasileira.
Quem esteve nos acompanhando via Twitter, percebeu que a interação é em tempo real e que alguns flashmobs foram possíveis para emplacar esta ou aquela música. A música do Tom Zé, Sem a Letra A, foi postada como preferida pela blogueira Lúcia Freitas – presente no evento – e divulgada no Twitter. Em 12 minutos recebeu 27 votos e foi ao ar na rádio Cultura, lá pelas 20h15. Parecia que estávamos no antigo Você Decide, mas com possibilidade de interação em tempo real com outros usuários via Twitter.
Pessoas por todo o Brasil, como o Manoel Netto diretamente de Londrina, a Lu Monte, de Brasília, e o Wagner Tamanaha, de São Paulo, participaram votando ou sugerindo músicas. O programa acabou ao redor das 23h e muitas músicas, todas escolhidas pelos internautas, foram ao ar.
Jogando com o sistema
O Radar Cultura ainda está no começo, achei bem interessante, e ao abrir a possibilidade de votação pela internet, permite que um maior número de usuários tenha poder de decisão. A minha preocupação surge do fato de aparentemente ainda não existir um sistema anti-fraude das votações. Claro que ontem ninguém fraudou o sistema para que a música X ou Y fosse ao ar. Mas tendo em vista que é possível combinar com um monte de gente para votarem todo mundo em uma seqüência combinada de músicas, fica claro que podemos jogar com o sistema.
A maioria das músicas emplacadas no programa de estréia contou com votos invariavelmente das mesmas pessoas. O Digg, sistema um pouco mais refinado na mensuração da sabedoria das multidões, acaba dando peso menor para votos em massa vindos sempre de um mesmo pequeno grupo de pessoas. Com o crescimento do número de usuários na base do serviço, o problema fica minimizado. Mas, claro, a iniciativa é bem vinda!
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14 dezembro 2007
por Alexandre Fugita
Eu sei, faz uma semana que não escrevo nada aqui no Techbits. Para compensar essa ausência, lá vai um post polêmico. Um assunto que tem me chamado a atenção no último mês é o caso GameSpot. Para quem não sabe, um editor do blog mantido pela CNet foi demitido após publicar um review desfavorável a um jogo, exatamente o mesmo que patrocinava a maioria dos espaços publicitários do blog. A blogosfera americana caiu em cima, criticando pesadamente a CNet e o GameSpot de se influenciar por um patrocinador.
Caso semelhante ocorreu recentemente com a PC World, que teve o texto de um de seus colaboradores bloqueado para publicação pois criticava a Apple, um dos anunciantes da revista. Novamente naquela época a internet veio abaixo contra a atitude não ética da revista.
Bom, um dos assuntos discutidos à exaustão na blogosfera brasileira é se o review pago deve ou não ser feito. A minha postura é que o Techbits jamais vai fazer algo do tipo. Na verdade já recebi várias propostas de review pago e todas elas foram negadas, educadamente. O grande motivo para isso se chama credibilidade.
Ok, eu sei que a maioria dos blogs é lido em sua maior parte por blogueiros e estes sabem por antemão que aquele texto, mesmo que seja um review patrocinado, não terá qualquer viés influenciado pelo dinheiro. Mas e os outros leitores, aqueles que não são blogueiros, o que será que acham disso? Bom, o senso comum leva a crer que um texto pago em qualquer publicação é algo ruim. Mas nos blogs não?
Aí vão aparecer alguns dizendo que o Techbits não gosta de dinheiro, que sou comunista, essas coisas… Não, definitivamente não. Quem me conhece sabe que sou a favor do liberalismo econômico, político e tudo neste sentido. Que o governo fique longe da iniciativa privada, bem longe. Além disso, não querendo ser arrogante, mas apenas fazendo uma constatação óbvia, o Techbits fatura muito mais do que a maioria dos blogs que defendem o post pago, simples assim. Aqui ganha-se dinheiro com credibilidade e não com os dé reau (sic) de um post patrocinado.
Com certeza acabo de perder uma boa parcela de leitores, todos aqueles atingidos por este post. Ok, não culpo vocês, tento acreditar que a maioria que faz posts patrocinados realmente não se deixa influenciar pelo dinheiro, mas certamente uma parte cairá na tentação, aí que mora o perigo, e isso é ruim para todo o mercado.
É um problema complicado. Por via das dúvidas aqui não entra post patrocinado. E se a blogosfera quer ganhar credibilidade, que não faça reviews pagos. Ganhe credibilidade para receber produtos para review e poder escolher aqueles que você quer publicar. Não existe essa história de que não será influenciada pelo dinheiro do anunciante. E se você acha que o case GameSpot nada tem a ver com isso, no fundo é tudo a mesma coisa. Bom, coloquei a cara à tapa, que venham os comentários…
7 dezembro 2007
por Alexandre Fugita
Hoje, sexta-feira, 7 de Dezembro é um dia interessante no que tange à distribuição de conteúdo. Da mesma forma que fez o diretor Steven Soderbergh, em 2005, com seu filme Bubble, um filme nacional chamado 3 Efes estréia ao mesmo tempo em várias mídias. Ao invés de restringir a escolha do espectador à tela do cinema, o filme do diretor Gerbase pode ser visto em outros lugares também: na TV (Canal Brasil), em DVD e pela internet, via Terra.
Já discuti aqui no Techbits que a grande mudança que a internet trouxe para todas as mídias foi a facilidade de distribuição. Hoje não queremos mais esperar para assistir ao último episódio do seriado Heroes quando a AXN ou a Record resolverem passar por aqui. Não queremos aguardar vários meses, de acordo com a estratégia comercial da distribuidora, para termos um filme em DVD. Não queremos escassez e sim abundância.
O que o filme Bubble fez foi uma experiência neste sentido agora repetido pelo 3 Efes. Não sei se o filme é bom (isso aqui não é um blog de cinema!), as críticas falam bem, pretendo assistir assim que possível. Mas que a estratégia de distribuição diferente está chamando a atenção, não há dúvidas.
Claro que provavelmente estão fazendo assim pois o público que atingiriam na meia dúzia de salas de cinema do país que vão passar o filme, não pagaria a produção. Mas em termos de soltar as amarras da velha forma de distribuir conteúdo, o filme 3 Efes já ganhou um fã. Fora que vem da Casa de Cinema de Porto Alegre, deve ser coisa boa!
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