12 fevereiro 2008
por Alexandre Fugita
Que o conteúdo gerado pelo usuário está na moda, não há dúvidas. Mas no Campus Party isso ficou evidenciado de forma extrema. Por todos os lugares que passei sempre via um notebook aberto, alguém tirando fotos, fatos sendo postados incessantemente no YouTube, Flickr, Twitter e blogs espalhados por aí.
Um exemplo extremo do UGC é o Pedro Villalobos que está transmitindo o evento via streaming ao vivo pelo UStream. Para não ficar para trás o Manoel Netto também criou sua transmissão alternativa, mas não garante transmissão integral. Apesar da banda gigante de 5Gbps fornecida pela Telefónica, aparentemente hoje o link está pedindo água…
A foto acima foi tirada durante a abertura oficial do Campus Party, com a presença ilustre do hipnótico ministro da cultura, Gilberto Gil. Todo mundo o tempo todo com as câmeras digitais apontadas ora para o palco, ora para as mulatas da Nêne de Vila Matilde. Enquanto todos registravam os momentos perdi um tempo tirando umas 20 fotos de pessoas tirando fotos, hehe! Afinal, conteúdo gerado pelo usuário está na moda e os blogs são uma das facetas desta forma de produzir.
11 fevereiro 2008
por Alexandre Fugita
Hoje começa no prédio da Bienal, Parque do Ibirapuera, o Campus Party, provavelmente o maior evento de tecnologia do ano, pelo menos no Brasil. Reunidos lá, 3 mil geeks de todas as tribos, de áreas como blogs, games, software livre, desenvolvimento, robótica e astronomia, entre outros.
Só pelas coisas que ouvi falar creio que algumas dezenas de hypes tentarão um lugar ao Sol no evento. Blogs-hype, blogueiros(as)-hype, empresas-hype, gamers-hype e por assim vai. Até o astronauta-ex-hype Marco Pontes deve aparecer por lá. Mas aí surge um problema, em um lugar onde todos são iguais quem for diferente é que chama a atenção.
Cada hype terá seu valor, cada hype vai chamar a atenção para uma marca ou serviço, mas as eyeballs têm seu limite, não conseguimos prestar atenção em tudo e mesmo para coisas tão passageiras quanto os hypes, precisamos de filtros.
Claro que o Twitter e o Livestream do Blogblogs – ferramentas fundamentais para o #cparty – , nos ajudarão a filtrar o que é interessante do que não é.
Vou tentar ficar atento a tudo que acontece, nos mais diversos campi, e postar muito no Twitter e os fatos mais interessantes no Techbits. Também, adicionalmente, estarei blogando para a Intel, no blog Brasil Digital junto com outros blogueiros da nossa madura blogosfera. Mas anote aí, em terra de hype quem não faz hype é Rei!
1 fevereiro 2008
por Alexandre Fugita
A véspera do feriadão tem sido quente no mercado de tecnologia, principalmente web. Sim, a Microsoft fez uma oferta de 44 bilhões (62% de ágio) pelo controle da Yahoo!, algo como 27 YouTubes. Eu já estava com o dedo no botão publicar para um outro texto quando alguém gritou no Twitter, parem as impressoras, vamos ter que rodar tudo novamente, entrou uma quentíssima.
Já não é de hoje que a gigante de Redmond mostra interesse no pessoal de Sunnyvale. Muitos rumores já circularam sobre esse possível negócio e sempre com cifras exorbitantes. A Microsoft morre de medo da Google, não há dúvidas agora. Claro, não demorou e no próprio Twitter já começaram as piadas… Será que o Flickr agora vai dar BSDO?, by GuraveHaato desu ka?.
Timing perdido
A conta lá no título não fecha. Na verdade o sinal de menor deveria ser maior… eu sei, estou explicando a piada… Mas não é piada, é a realidade. A Microsoft é um elefante gigante que demora para reagir. Deveria ter comprado o Yahoo! 3 anos atrás. Se fechar o negócio agora, vai ser só pra manter as aparências, pois seu negócio na web não é nada vistoso frente ao pessoal de Montain View.
Lembrem-se, a Microsoft demorou para acreditar que as internets teriam futuro. É famoso o memo do Bill Gates alertando o board da fabricante do Windows que teriam que prestar atenção nessa tal de internets. Os tubos talvez valham dinheiro, pensaram na época. O consultor deles deve ter sido o Ted Stevens.
O que será dos ótimos Flickr e Delicious se a negociação se concretizar só o tempo dirá. Só espero que não percam a aura cool e inovadora que por enquanto mantém na web.
31 janeiro 2008
por Alexandre Fugita
Peraí, deixa eu entender… saiu por toda a mídia tradicional que a Tim e a Google acabaram de fazer um acordo aqui no Brasil para disponibilizar o YouTube mobile para os clientes da operadora… Ok, tudo bem, nada de mais… se fosse só isso… Segundo as matérias que li quem quiser assistir a vídeos do Iutubiu precisa pagar R$ 2,10 por megabyte. Cuma? Sim, para assistir ao YouTube via rede celular TIM é necessário pagar dois reais e dez centavos por megabyte de tráfego de dados. WTF!?
Lembra daquela história de net neutrality, que gerou o termo “a series of tubes” quando falávamos das internets? Pois é… parece que a TIM está promovendo exatamente isso ao cobrar esse trocado por acesso privilegiado a algo que está livremente disponível na web. Mesmo que fosse Chuck Norris, tinha que ser de graça. Sim, estou reclamando de R$ 2,10 por megabyte (R$ 1,50?). Sim, isso é um absurdo, na internet não deveria existir tarifa para tráfego de serviços abertos.
E, claro, a culpa não é só da operadora de capital italiano. A Google tem sua parcela de culpa, diga-se de passagem, fazendo algo muito feio, bobo e sujo nisso tudo. Não eram eles, diretamente de Montain View, que lutavam contra a cobrança de pedágio para maiores velocidades de dados nas internets, no case Net Neutrality no Senado americano?? Cadê a coerência Hohagem? Cadê a coerência, Eric Schmidt? Não estou encontrando… e, teoricamente, o Google é especialista em encontrar coisas…
Vamos jogar limpo, Google e TIM. Nós consumidores brasileiros não somos idiotas. Não apliquem aquilo que consideram asqueroso lá fora aqui no nosso país. Sério, confio nas duas empresas, ambas são minhas fornecedoras essenciais em termos de internet e mobilidade. Ausência de net neutrality, tô fora!
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30 janeiro 2008
por Alexandre Fugita
Sou usuário de equipamentos produzidos pela Palm desde 2001. Já tive PDAs de vários modelos e agora sou um feliz dono de um Treo, sempre Palm “dead” OS. Apesar das críticas, a plataforma sempre me agradou devido à boa usabilidade frente aos concorrentes. Resisti fiel pois sempre acreditei na computação móvel sensata. Continuo acreditando neste conceito belamente defendido pelo Sérgio Lima.
Mas as notícias da semana passada sobre o fechamento das lojas exclusivas da Palm (todas) e também o anúncio simultâneo de uma promoção de descontos por parte da ex-inovadora de Sunnyvale, fez acender um alerta vermelho, daqueles bem chamativos, impossível de ignorar. Estaria a Palm preparando-se para fechar as portas?
Golpes recentes não faltaram a Ed Colligan e equipe. O Foleo foi cancelado às vésperas do (triunfal?) lançamento. A Apple lançou o MacBook Air, tudo que o Foleo gostaria de ser… O sistema operacional baseado em Linux da Palm está atrasado só alguns anos. A Google vai lançar nos próximos meses sua plataforma mobile Linux, tudo que o novo OS da Palm gostaria de ser…
Só esses dois fatores, o Air e o Android, já são um baque terrível nos planos da pioneira da computação móvel. Junte-se a isso fatores anteriores como ao erro estratégico de separar a unidade que fabricava o PalmOS e falha em reincorporá-la posteriormente, um sistema operacional antiquado em tempos de iPhone e a sangria constante no market share, e temos uma receita explosiva.
Apesar de usuário satisfeito com a plataforma, admito, não recomendo mais ninguém a comprar produtos desta, outrora, grife de fãs inveterados. Espere o Android, vá de Symbian, garanta-se no lado negro da força (Windows Mobile, para os não iniciados). Os sinais do fim da Palm estão claros como água.