11 agosto 2006
por Alexandre Fugita
Esta semana duas tecnologias que permitem a existência deste e outros blogs fazem aniversário. Há 15 anos a primeira página web tornou-se disponível publicamente. E há 25 anos surgia o PC.
PC virou commoditie
Os PCs chegaram a tal ponto que hoje podemos considerá-los commodities. Evidência disso é que a IBM, criadora do PC, vendeu sua divisão de computadores pessoais a uma empresa chinesa (Lenovo) no final de 2004. Preferiu ficar com os serviços, que é onde está o lucro, a competir por preço em um mercado de commodities.
Web 2.0
A internet superou a primeira bolha e hoje vive uma segunda onda de crescimento, na qual a chamada web 2.0 (*) é a parte mais inovadora. A web 2.0 é na verdade uma nova forma de encarar os softwares. Ao invés de instalar programas no computador, o negócio é usá-los diretamente na web. Por exemplo: Google Spreadsheets (planilhas on-line do Google) vs Microsoft Excel (planilhas off-line da Microsoft).
A vantagem é que os serviços on-line sempre estarão atualizados na última versão e em geral são ferramentas de colaboração, ou seja, facilitam o trabalho em equipe. A desvantagem é que seus recursos muitas vezes são fracos em relação aos seus equivalentes off-line. Mas quem usa mais do 10% do que o Excel oferece?
(*) a discussão em torno do nome web 2.0 dá “briga”. O fato é que existem novos serviços na internet e alguém resolveu chamar essa nova onda de web 2.0. O nome pegou e não existe outra forma de se referir a isso.
8 agosto 2006
por Alexandre Fugita
Essa “estourou” no último fim de semana. Há alguns dias a AOL cometeu uma grande mancada. Liberou para consulta um arquivo com 20 milhões de termos de pesquisas feitas por cerca de 650 mil de seus usuários. Incluiu até o site visitado por cada pesquisa gerada. O grande erro foi ter ligado cada usuário a um número, o que permite inferir várias possibilidades e até identificar o autor da busca.
A base de dados de intenções descrita no livro A Busca (compre no Submarino | leia resenha), sobre o Google, finalmente tomou forma e mostra coisas assustadoras do ponto de vista da privacidade. Analisando os dados é possível descobrir potenciais homicidas, suicidas, tarados, viajantes, desempregados e outros tipos de intenções. Como as pessoas têm o costume de procurar o próprio nome nos mecanismos de busca (ego search), dá pra imaginar o problema que isso pode gerar.
Com a confusão montada, o site da AOL que continha essas informações foi tirado do ar, e a empresa pediu desculpas. Mas como tudo na internet, há cópias circulando por aí e sites analisando as informações para traçar o perfil dos usuários.
[Atualização] O jornal NY Times identificou a primeira pessoa nos dados da AOL: uma viúva de 62 anos que vive no estado da Geórgia (EUA).
7 agosto 2006
por Alexandre Fugita
De novo vou falar da Apple. É que nesta semana ocorre um evento da empresa em São Francisco, com algumas novidades. A apresentação inicial do Steve Jobs foi morna, mas interessante. Além das piadas sobre o Windows Vista, a Apple demonstrou algumas das funcionalidades da nova versão de seu sistema operacional, o Leopard. Uma das ferramentas mais interessantes é a Time Machine, uma forma de backup extremamente simples de operar, que impressiona pelos recursos. Literalmente viajamos de volta no tempo para achar aquela foto ou arquivo perdido. A audiência vibrou ao ver a demonstração.
Uma idéia simples, quase genial
Outro recurso muito interessante é a possibilidade de criar widgets com pedaços de páginas web. Simples e genial. Para quem não sabe, widgets são como pequenos programinhas que ficam flutuando na área de trabalho e que fornecem informações úteis. Explicando melhor: vamos supor um widget meteorológico. A sua função, única e exclusiva, é mostrar a previsão do tempo. E, flutuando na sua área de trabalho, faz exatamente isso. Parece inútil? … Faz um sucesso tremendo na internet!
Hasta la vista, Vista IBM
A Apple também acabou de vez com o uso dos chips IBM. Agora só Intel. O último produto que ainda rodava com processadores PowerPC ficou no passado e em seu lugar entrou o Mac Pro. A máquina é robusta e de acordo com a Apple, mais barata que um equivalente em hardware rodando Windows.
Leopard no horizonte
Resta saber: com lançamento previsto para o 2007, quem vai chegar primeiro? O Windows “adia todo mês” Vista ou o Mac OS “cool” Leopard?
3 agosto 2006
por Alexandre Fugita
Dentro de alguns dias vai acontecer a WWDC, a conferência de desenvolvedores da Apple. Como não poderia deixar de ser, a blogosfera já está fervendo com os rumores. O mais cotado, além da nova versão do Mac OS X (Leopard), é um iPhone. O interessante é que saiu uma foto na internet (acima) do suposto banner que enfeitará o palco do show de Steve Jobs, o que só fez aumentar as apostas. Só espero que não seja aquela decepção que foi no começo do ano, quando todos esperavam grandes lançamentos e tudo que vimos foi um estéreo turbinado.
3 agosto 2006
por Alexandre Fugita
Definitivamente as redes sociais estão na moda. Aqui no Brasil temos o orkut no qual não ter um perfil significa praticamente não existir. Nos EUA temos o MySpace que começa a provocar discussões em torno da privacidade e acesso a menores de idade. Mas será que a única forma de rede social que existe é essa, na qual as pessoas se expõe para se relacionar? Felizmente a resposta é não!
Um dos fenômenos mais interessantes das redes sociais está na área de mídia e se chama Digg. É um site que mistura colaboração, rede social, bookmarking e notícias. Como conseqüência torna-se uma fonte de informações quentíssimas. Não é exagero dizer que mudou os hábitos da web.
Cadê os editores?
Na verdade o Digg não produz seu próprio conteúdo. Sua página principal exibe resumos de matérias publicadas em sites por toda a internet. A grande novidade é a ausência de editores internos. Tudo depende dos usuários. Todos possuem poder de voto (a favor ou contra) e todos podem postar notícias. As mais relevantes, de acordo com a multidão, saem na página principal. Essa é a essência de uma rede social colaborativa.
Digg vs Netscape
O sucesso do Digg é tão grande que recentemente surgiu um clone . Estamos falando da Netscape, que já foi um browser de sucesso e hoje cria polêmica oferecendo dinheiro para os melhores usuários do Digg.
Na essência o pensamento da Netscape é o seguinte: há um grupo de usuários que são os mais ativos do Digg. Por que não recompensá-los financeiramente para postar no Netscape ao invés de no Digg?
A questão é complexa mas parece consenso geral que o pagamento de pessoas para postar no site seria algo como voltar ao tradicional pequeno grupo de editores que definem os assuntos importantes. Aquela história de feedback de uma comunidade que se auto regula, acaba. E tudo volta a ser como era antes.