25 janeiro 2007
por Alexandre Fugita
O título é totalmente clichê, mas imagine a seguinte cena: você é um profissional que necessita de mobilidade, mas está cansado de carregar aquele notebook para cima e para baixo. Tudo que você precisa é acesso ao e-mail, o poder de ver e editar documentos office, e claro, alguns joguinhos pois ninguém é ferro. A solução é: compre um smartphone e veja se a solução e-mail/ office atende às suas necessidades. Pretendo mostrar uma visão geral de cada uma das quatro principais plataformas, sem me aprofundar pois necessitaria um artigo para cada uma.
PalmOS
O PalmOS tem uma boa implementação do Office chamada Documents To Go, que está na versão 9 e tem suporte para visualização e edição nativas de arquivos Word, Excel e Powerpoint. É também um visualizador de arquivos PDF. Esse software não é fabricado pela Palm mas está presente, em nas versões 7 e 8, em quase todos os PDAs e smartphones da empresa atualmente no mercado. Essa última versão inclui uma tecnologia chamada InTact que conserva todas as características originais dos arquivos como macros e outras formatações mesmo após edição on the go. Ah, macros não funcionam no DocsToGo.
Para email existe o Versamail que já vem com os palms ou o SnapperMail, software de terceiro. É fácil mandar e receber arquivos e emails, e também dá pra sincronizar com o seu desktop. Atualmente há suporte ao Microsoft Exchange, um dos mais usado pelas empresas. Para mensageiro instantâneo temos o Verichat, compatível com as redes MSN, ICQ, Yahoo, entre outras, comprado a parte.
Windows Mobile
A versão atual chamada de Office Mobile permite visualização e edição de arquivos Word e Excel. Para apresentações Powerpoint, só visualização. Pelo que apurei (corrijam-me se estiver enganado) não há suporte nativo a PDFs, somente com software de terceiros. O Office Mobile vem em todos os equipamentos Windows Mobile e faz parte do pacote mínimo do sistema operacional.
Integrado ao WM5 há uma versão do Outlook para emails que permite sincronia com o desktop e com o Exchange. É a melhor integração com o PC com o Windows no mercado, e por isso a escolha quando se trata do mundo corporativo. Para manter os contatos através do mensageiro instantâneo o WM5 também possui um MSN menssenger versão mobile, só compatível com o MSN. Mas quem liga? No Brasil o MSN é o padrão dominante.
Symbian
As versões mais atuais do Office para Symbian permitem visulização e edição de arquivos Word, Excel e Powerpoint. Infelizmente parece que as formatações originais são perdidas ao se editar um documento em dispositivos Symbian, mas são de grande ajuda quando é necessário conferir um texto ou uma planilha quando estiver na rua. A intenção dos dispositivos móveis não é substituir o desktop e sim servir como um auxiliar.
Quanto a email e mensageiro instantâneo é bastante versátil. Várias opções disponíveis tanto do próprio sistema operacional quanto de terceiros, atendendo aos mais diversos gostos.
BlackBerry
O Blackberry é uma ótima opção quando se fala de email. Na verdade grande parte do seu sucesso está relacionado ao push email, tecnologia que faz você receber os emails instantaneamente no momento que eles chegam. Sem instalar nada é possível visualizar documentos office mas não editá-los. Há programas que permitem editar arquivos Word e Excel, mas são comprados por fora. Pra falar a verdade foi difícil encontrar informações consistentes sobre office no Blackberry. Mas imagino que por ser um sucesso no mundo corporativo tenha suporte a essa facilidade.
Conclusão
Se você é um profissional móvel que precisa apenas consultar documentos quando longe do desktop, qualquer uma das soluções cumprirá o papel em maior ou menor grau. A idéia principal do escritório móvel não é ficar editando longos textos, planilhas ou apresentações. Isso você faz no escritório ou na sua casa. Essas soluções móveis são para consulta rápida para tomada de decisões. Portanto o ideal é usá-las em smartphones pois estes possuem conexão constante com a internet, desde que haja rede celular. PDAs, tanto Windows Mobile quanto PalmOS estão em vias de extinção.
24 janeiro 2007
por Alexandre Fugita
Recentemente descobri um novo blog que pela proposta achei interessante. Totalmente uncool e se chama Boring Boring, com o slogan “Um monte de coisa impopular”. O nome, além de remeter à palavra boring (algo como chato, em português) nos faz lembrar do famoso Boing Boing, “a directory of wonderful things”. Fiquei extremamente interessado e resolvi investigar esse novo site. O mais engraçado é o Boring Boring se auto-define como uma grande sátira da efêmera “cultura do cool“. Nada mais cool do que isso. Lá pelas tantas, descobri coisas interessantes que levam a teorias conspiratórias de que esse blog tem algo a ver com o iminente lançamento do Office 2007 e Windows Vista. Hum…
Evidências colhidas
Primeiro que um dos temas é falar sobre tudo que é impopular no Office 2007. Por exemplo, a Rak Patel, blogueira desta parte do conteúdo, outro dia contou o número de células que existe em uma planilha Excel. Nada mais uncool do que isso. Descobriu que usando a seta para baixo, demora-se 34 minutos para chegar à base da planilha depois de 65536 linhas… Os assuntos são sempre referentes ao Office 2007, com um leve toque jornalístico, o que denuncia não ser um blog “normal”.
No rodapé do blog está escrito “copyright 2007 Um projeto Microsoft”. Depois de ver isso resolvi ir até o Registro.br para ver quem detém o domínio. Aí que as coisas começaram a ficar interessantes. Trata-se de uma agência de publicidade que faz o chamado marketing de guerrilha. Tem alguma coisa aí! Entrei em contato com a agência mas o máximo que me revelaram é que estou no caminho certo.
Um fato que vai contra essas evidências é que o blog usa o WordPress, software open-source para blogs, estranho partindo de algo relacionado à Microsoft. Antes essa informação estava no código html da página de forma evidente, mas tiraram. No entanto ainda é possível determinar isso pois a localização da folha de estilos CSS é uma pasta padrão WordPress.
Office 2007 e Windows Vista
Bom, o Office 2007 e Windows Vista estão aí, com lançamento oficial para o dia 30 deste mês. O Boring Boring parece ser patrocinado pela gigante de Redmond. Microsoft fazendo buzz? Vamos pagar pra ver!
24 janeiro 2007
por Alexandre Fugita
Conversando com um amigo descobri que uma de suas preocupações era de como a internet expõe as pessoas. Uma simples pesquisa no Google revela muita coisa sobre cada um de nós. Imagina o orkut. Isso pode ser útil quando você quer checar uma pessoa. Rh de empresas fazem isso o tempo todo. Mas pode ser ruim quando alguma informação, não necessariamente prejudicial, pode estar disponível na internet sem que você queira. Segundo um artigo no The State: “Prediction: The new hot thing in our future will be anonymity. To be un-famous. To be Googled — and to not be there. No link. No Wiki. No tube, space or face. No nothing.” (*). Sério mesmo, você vai querer permanecer anônimo.
(*) ia traduzir, mas perderia o sentido.
15 minutos de fama
É famosa a frase de Andy Warhol dizendo que “um dia, todos terão 15 minutos de fama”. Transpondo essa frase para o fenômeno cultural chamado internet podemos dizer que é verdade. No YouTube não param de surgir celebridades. Tivemos a LonelyGirl que depois descobrimos ser uma jogada publicitária. Outros vídeos ficam famosos da noite para o dia. No orkut, todo mundo tem 300 amigos. Acho que isso pode ser interpretado como os 15 minutos de fama. Ninguém tem 300 amigos fora do orkut. Fora que ser dono de uma comunidade conhecida é ser famoso.
Há sites na web dedicados a esquadrinhar atitudes nem sempre louváveis de pessoas. Um exemplo é o Não saia com ele, site feito por mulheres que ficham seus ex-futuros cara metades. A idéia foi baseada na versão americana Don’t date him, girl. Outros se dedicam a exibir fotos de carros de pessoas que estacionam mal, ou ainda de quem dirige atrapalhando o trânsito. Não duvido nada que existam outros sites do gênero. Ficar famoso em um deles não é exatamente os 15 minutos de fama almejado por alguns.
Use a web em benefício próprio
Caiu na internet, já era. A informação vai ficar ecoando pelos bits e bytes por muito tempo. Então o negócio é usá-la para seu próprio benefício. Quando alguém procurar seu nome no Google, que apareça nas primeiras posições algo que seja útil para você, e não sua ficha em algum dos sites acima mencionados, ou pior, na imprensa relacionado a algum caso embaraçoso.
Existe uma certeza: o Rh vai checar você no Google quando estiver participando de um processo seletivo. Seu chefe vai fazer o mesmo quando estiver indeciso sobre quem será promovido para aquela vaga que acabou de abrir. Aquela gatinha que você vai encontrar hoje à noite já checou tudo antes pela internet. Então o melhor a fazer é estar bem na foto, pois a foto sempre vai existir, queira você ou não.
[Atualização]: Leia o excelente texto Será que sabemos usar a internet? do blog 3pontozero.
22 janeiro 2007
por Alexandre Fugita
A Wikipédia, enciclopédia on-line colaborativa mais atualizada do mundo, está bloqueando a sabedoria das multidões. Rankings de mecanismos de busca como o do Google são criados a partir de links entre sites, entre outras variáveis. Quanto mais citado é um site, melhor. Quanto mais importante é o site que cita o outro, melhor. Isso faz a pontuação aumentar e, conforme o caso, aparecer na primeira página dos resultados de uma pesquisa. Como a maioria das pessoas só clica em links que aparecem na primeira página, figurar nela é garantia de tráfego. A Wikipédia começou a bloquear mecanismos de busca de indexarem esse tipo de link com o objetivo de diminuir o SPAM que suas páginas recebem. Se por um lado a justificativa faz sentido, do outro trata-se de uma grande perda para a sabedoria das multidões pelo bloqueio de links legítimos.
Malditos Spammers
Spam: isso é o que vai “acabar” com a internet. Recebemos diariamente dezenas de spam. O Techbits filtra diariamente outro tanto de comentários spam. Até no orkut há relatos de infestação por spam. A internet é um meio livre e barato de se marcar presença. Fazer spam é um negócio que deve movimentar dinheiro. Se de cada milhão de mensagens spam, 100 pessoas (0,01%) clicarem e comprarem o produto oferecido, o lucro está garantido. Ou outros 99.99% vão perder seu tempo, gastar recursos de internet, ou seja, serão incomodados, às custas do 0,01% dos que caem nessas armadilhas. Por esse motivo – funcionar – o spam continua.
Na Wikipédia, spammers postavam links para seus sites por vandalismo, e até alguém perceber e reverter a mudança, o Google já tinha passado por lá e indexado esse novo link no seu PageRank (sistema de pontuação de sites do Google). Com isso, conseguiam melhorar posições no Google e outros mecanismos de pesquisa, gerando tráfego, fazendo Google Bombing e até ganhando concursos de SEO (Search Engine Optimization). Por estes motivos, a Wikipédia decidiu, pelo menos por enquanto, bloquear os mecanismos de busca de seguir os links externos através do “comando” NOFOLLOW em seu código HTML.
A Sabedoria das Multidões
A sabedoria das multidões (wisdom of crowds) é como se fosse uma inteligência coletiva, um raio X do que as pessoas que estão na web (navegando, blogando, pesquisando) pensam. É a análise de bilhões de pedaços de informação que juntos fazem um sistema de CRM parecer coisa de criança. Dá pra brincar de descobrir o que as pessoa pensam no Google Trends.
Há críticos, claro. Dizem que essa inteligência é na verdade a burrice das multidões. De qualquer forma os motivos da Wikipédia são válidos e os prejuízos para a web, enormes. Malditos sejam os spammers.
22 janeiro 2007
por Alexandre Fugita
Esse último fim-de-semana foi interessante para os empreendedores da web brasileira. No domingo, um dos blogs mais conhecidos e famosos do mundo, o TechCrunch, postou um texto sobre o boo-box, startup brasileira que deve estrear mundialmente como forma de monetização de blogs. A velha escola da propaganda on-line é formada por banners chamativos piscantes ou ainda por popups, aquelas janelinhas que teimam em abrir e atrapalhar a navegação. Uma segunda leva, mais discreta, são os anúncios de texto contextuais, cujo maior exemplo é o Adsense, que monetiza este site. O boo-box, que tem entre seus idealizadores Marco Gomes, pretende ser menos invasivo e gerar receita para blogs.
Como o boo-box funciona
Pelo que pude ler do texto disponível no site do booBox, os bloggers colocarão um código nas imagens usuais de seus textos, contextualizando através de tags que tipo de produto pode ser interessante para o leitor daquele post. Ao serem clicadas, essas imagens abrem uma janela da loja parceira, sem sair do site e sem antes perguntar para o visitante se é naquele o produto que está interessado. Caso efetue a compra, a loja paga comissão ao afiliado (blogger). Uma idéia simples e interessante, mas não ficou claro a forma como o booBox monetizará seu próprio serviço.
No mesmo texto informam que em cada país será escolhida uma loja virtual que ofereça o máximo possível de mix de produtos para satisfazer a quase todos os tipos de post em blogs. No exemplo acima (via TechCrunch), vemos que uma loja virtual é aberta dentro do site.
Estão abertos a inscrições de beta-testers e visto a exposição alcançado neste fim-de-semana em função do post no TechCrunch, tem tudo para estrear em grande estilo. O próprio Michael Arrington, editor chefe do famoso blog, fez um teste de compra de um iPod através do demo no site do boo-box e funcionou perfeitamente. Ele inclusive considerou a idéia muito interessante e deu um thumbs up antecipado.
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