25 setembro 2007
por Alexandre Fugita
Já faz um tempo que estou colecionando artigos sobre o Facebook. Meu interesse surgiu em Maio deste ano quando essa rede social lançou sua plataforma de aplicativos web. O hype ao redor do Facebook que já era grande só tem crescido desde então. O serviço já foi alvo de vários rumores de aquisições e agora dizem que vale até 15 bilhões de dólares após possíveis conversas com a Microsoft. A grande vantagem do Facebook – e talvez ao mesmo tempo sua desvantagem – é que as aplicações web estão todas dentro de um mesmo site. A desvantagem ocorreria no caso de pessoas não usarem seu aplicativo por ele estar preso dentro de outro site.
Andando pelos aplicativos descobri que alguns que eu já conhecia fora do Facebook rodam também dentro da plataforma. Um exemplo é o PicNik, editor de imagens on-line bastante útil e que já foi usado várias vezes para formatar imagens a serem exibidas no Techbits. Outro é o Stumbleupon, serviço de recomendação de sites baseados em suas preferências de navegação. Não vasculhei muito mais do que isso pois a interface de busca e o método de adicionar uma aplicação ao seu Facebook são um tanto complicados, ou seja, são necessários muitos cliques para pouca ação… Talvez por isso a MS queira comprar sua participação na plataforma… De qualquer forma a Cynara do MundoTecno compilou uma lista dos melhores aplicativos do Facebook.
A grande sacada é que agora podemos desenvolver aplicativos web que terão muita visibilidade dentro da plataforma Facebook. Se for algo que realmente chame a atenção é possível até conseguir investimentos de VC para portar seu aplicativo para fora do sistema e começar uma startup. A visibilidade resolve um dos grandes problemas para a maioria dos serviços web 2.0 que surgem todos os dias: a falta de usuários. Será então o Facebook a nova plataforma?
24 setembro 2007
por Alexandre Fugita
Um sujeito resolveu processar o Google em 5 bilhões de dólares. Para você ter uma idéia esse valor equivale a 3 YouTubes. Pelo que pude entender, o processo se deve a possíveis problemas de privacidade. O número de social security do cidadão está exposto no nome do Google quando o logo é virado de cabeça para baixo. O quebra-cabeça matemático é tão complexo que é necessário evocar o time da sua cidade, o 76ers. Juntando os números invertidos obtidos com o nome da Google mais o número 76, em um combinação arbitrária, obtemos o social security do sujeito… Devido a essa exposição, o Google está sendo processado por 5 bilhões de dólares… O ponto central de tudo é a privacidade exposta.
obs: imagem do começo deste post veio do Infoblog, do amigo-blogueiro de longa data Jonny Ken, licença Creative Commons by-nc-sa, no post Blogger Peppers.
Organizar toda informação do mundo e torná-la disponível
O pessoal da Google leva sua missão muito a sério. Mas o grande benefício que os mecanismos de busca trouxeram para a humanidade foi a redução drástica nos custos na procura por informações. Hoje, para a maioria dos assuntos, conseguimos achar informação na internet sempre começando por aquela caixinha enigmática em branco que espera pelos nossos mais profundos questionamentos…, por exemplo, quem matou a Taís?
O fato é, qualquer informação nossa que estiver exposta de alguma forma em algum site pela internet, certamente será indexada pelo Google ou outros mecanismos de busca. Caiu na rede, é peixe, isso é quase inevitável. Mas e quando o site que divulga uma informação sua não está no seu controle? Por exemplo, um jornal. Ele pode chamá-lo de macaco algo que provavelmente você não concorda. Como fazer para eles tirarem essa informação da internet? Não dá.
Um amigo certa vez me questionou… Um professor da faculdade colocou as notas da turma na internet para facilitar a consulta. Vamos supor que aquela nota em específico não seja favorável a você. O RH do emprego dos seus sonhos certamente vai vasculhar seu nome no Google, Orkut e todos lugares possíveis. De repente encontra aquela nota ruim que pode lhe prejudicar em um desempate. Quem errou? O Google ao indexar o conteúdo ou o professor ao disponibilizar informação sensível na rede? Fico com a segunda opção e concluo: uma vez indexado, já era. Nossa única arma é ficar bem na foto. A foto, não tem jeito, ela sempre vai existir…
Já o cara do processo dos 5 bilhões que me desculpe. Veja acima o raciocínio de gênio para que tenha concluído que o nome Google é uma ameaça à sua privacidade. Piada? Não, é verdade… Só que como em um mundo digital de zeros e uns tudo vai parar na interweb, inclusive cópias de processos judiciais (sim, tribunais possuem web sites!), no final o sujeito acabou expondo outras informações pessoais como data de nascimento e endereço que antes não figuravam na grande rede… E agora, vai processar o tribunal?
19 setembro 2007
por Alexandre Fugita
A linguagem da moda para criação de aplicativos web é com certeza o Ruby on Rails. Dias atrás aconteceu uma competição de programação chamada Rails Rumble na qual equipes tinham que criar, do zero, uma aplicação web em Rails no prazo de 48h. Algumas equipes brasileiras participaram e entre elas uma está se destacando nesta fase final, que é a da votação do público, em primeiro lugar! Só o fato de termos desenvolvedores brasileiros criando aplicações web (2.0) já é algo para comemorar. Mas uma equipe brasileira recebendo o primeiro prêmio seria ótimo para mercado tupiniquim.
Pagestackr
O Pagestackr é um serviço de bookmark social no estilo do delicious, com um grande diferencial. Ao invés de salvar apenas as tags relacionadas a uma URL, o serviço indexa a página inteira para facilitar uma posterior busca por aquele texto que você leu, mas não lembra que tags usou. Bastante útil para quem tem mais de 2000 links salvos no delicious (é possível importar seus bookmarks) como eu, ou boa parte dos heavy-users do serviço. Foi desenvolvida por George Guimarães, Mário Nogueira, Hugo Baraúna e Jose Valim, que fazem parte da equipe Area42.
Dentre as 92 aplicações concorrentes, o Pagestackr está se sobressaindo, chamando a atenção. Desde o dia 14 de Setembro quando foi aberta a votação do público pela melhor aplicação, o Pagestackr tem se mantido entre as primeiras posições, quase sempre em primeiro lugar. Se você gostou e quer ajudar essa aplicação a vencer a competição, vote aqui.
Demais aplicações brasileiras
O Urubatan desenvolveu um sistema chamado Know Your Client que permite a criação de questionários para serem enviados aos seus clientes, leitores, stakeholders, etc. O diferencial é a análise estatística das respostas. Caso tenha interessado, vote aqui.
O Nando Vieira do Simples Idéias e Spesa desenvolveu o ReleasedNow. Deveria ser um aplicativo para ficar sabendo dos últimos lançamentos musicais dos seus artistas preferidos, por exemplo, dos cadastrados no seu Last.FM. Mas não consegui testar pois a aplicação estava fora do ar. Talvez tenha voltado quando você estiver lendo este texto. De qualquer forma, vote aqui.
O Eduardo Fiorezi criou o interessante (para desenvolvedores) Refactoring Game. A intenção é usar a colaboração da web para ajudar os outros a criarem códigos Ruby on Rails limpos. Você joga o seu spaghetti lá na esperança que alguém lhe dê umas dicas de como melhorar. Vote aqui.
E finalmente o Arthur Zapparoli desenvolveu o Tumbber, que permite postagens no tumblr diretamente do seu mensageiro instantâneo compatível com o Jabber (ex: GTalk). Gostou? Vote aqui.
18 setembro 2007
por Alexandre Fugita
O título acima parece estranho, mas não é. Quantas vezes já não recebemos um documento que precisa ser editado por várias pessoas e nunca sabemos qual é a versão mais atual? Para quem não sabe como resolver esse problema, a resposta é bastante simples: softwares colaborativos baseados na web. Entre os similares ao office, temos o Google Docs (Texto, planilhas e apresentações) e o Zoho Office. Pessoalmente prefiro a suíte da Google, mas a outra opção é igualmente interessante.
Há cerca de uma semana a Microsoft elencou 10 motivos pelos quais a empresas não deveriam utilizar o Google Apps. Até então a gigante de Redmond dizia que os aplicativos estilo office da Google não representavam uma ameaça. Talvez a lista tenha sido um prenúncio do que a indústria já sabia que estava por vir, o Google Presentation (equivalente ao Powerpoint),lançado hoje pelo pessoal de Montain View. Podemos dizer que a Microsoft está realmente se sentindo ameaçada pela Google em seus softwares para produtividade?
Power o quê?
O Google Presentation (Apresentações) é um ótimo acréscimo ao Google Office. Como sempre, preza pela simplicidade. Enquanto na Microsoft quanto mais complicado e cheio de bilhões de funcionalidades, melhor, na Google, quanto mais simples e fácil de usar, melhor. Fico com a segunda opção. O fato de todos esses softwares da Google serem colaborativos é a característica matadora, que diferencia e torna a ferramenta extremamente útil. Elimina aquele vai-e-vem de arquivos anexos nos emails… ganho de produtividade.
O Renê Fraga do Google Discovery criou uma apresentação teste no Presentation. Convidou alguns geeks para testar. É possível conversar via chat com todas as pessoas que visualizam a apresentação e assumir o controle dos slides, ou seja, você determina o que os outros visualizarão ao mesmo tempo que explica via chat. Foi interessante. Se alguém me pergutar na rua: você usa o Powerpoint? A partir de agora minha resposta será: Power o quê?
14 setembro 2007
por Alexandre Fugita
Sempre quis falar aqui do Google bombing. Para quem não sabe, Google bombing é a prática de tentar influenciar os resultados do Google através de linkagem coletiva de determinada palavra a um site ou página web. Finalmente uma nova oportunidade surgiu já que os senadores brasileiros resolveram cometer suicídio político, absolvendo o colega Renan Calheiros. Foi uma vergonha nacional.
Não sei desde quando este Google bombing está funcionando e também não há garantias que continuará assim pelos próximos dias. O que acontece é que quando você procura por “vergonha nacional” no Google, o primeiro resultado cai no site do Senado Federal. O Google pontua as páginas através de algoritmos malucos e determina, seguindo mais ou menos a sabedoria das multidões, qual é o conteúdo mais relevante para cada termo pesquisado. Se muitas pessoas dizem que “vergonha nacional” representa os senadores brasileiros, então o Google vai apontá-los ao procurarmos por estas palavras.
Outros já foram vítimas do Google bombing. Um dos mais famosos é o atual presidente dos EUA, George W. Bush. Tempos atrás, quando pesquisávamos por “miserable failure” (falha miserável) o Google apontava como primeiro resultado sua biografia pessoal. De lá pra cá a gigante de Montain View tomou medidas para evitar a ocorrência de Google bombing pois muitos acreditavam que os resultados refletiam o pensamento da empresa sobre determinados assuntos, o que não é necessariamente verdade. De uma forma ou de outra, os senadores pediram e a bomba foi armada.