Em defesa da inovação

por Alexandre Fugita

[grandes idéias]A notícia está por toda a blogosfera e mídia tradicional: a Viacom está processando o YouTube em 1 bilhão de dólares. A Viacom tem todo direito sobre suas propriedades intelectuais e deve ganhar dinheiro com isso, não há dúvidas. Mas isso só mostra uma coisa que me preocupa mais do que o valor pedido no processo: empresas inovadoras como o Google acabam sofrendo as conseqüências de serem as primeiras a se arriscarem em um novo modelo de negócios. Ok, você vai dizer que quem criou o YouTube não foi o Google. Sim, mas várias outras unidades de negócios da gigante de buscas sofrem com essa mania de inovação.

Paradigmas

O mundo está vivenciando uma mudança radical na distribuição de conteúdo. Ninguém quer esperar um ano pra assistir à série preferida quando alguma TV resolver passar por aqui. Ninguém tem mais tempo pra assitir um programa na televisão na hora que a emissora quer passar. Todos queremos que a busca retorne os melhores resultados, onde quer que essa informação esteja. Pode ser em um livro na biblioteca da esquina ou em algum blog perdido na internet.

Se uma empresa não consegue acompanhar as inovações e as mudanças rápidas que ocorrem na era da informação, que deixemos a seleção natural de Darwin matá-la. A outra opção seria mudar a forma de trabalhar e inovar também. Mas o que está acontecendo é que esse conservadorismo, essa falta de aceitação que novos modelos de negócio existem, as impede de trilhar o mesmo caminho. Preferem processar ao invés de inovar. Essas estão riscadas dos meus links.

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Comentários do Facebook
6 comentários
  1. Dá para penalizar os sites colaborativos por seu conteúdo?…

    O Google pagou 1,65 bilhões de dolares pelo Youtube. A Viacom, detentora dos direitos da MTV e Comedy Central, entrou com uma ação no valor de US$ 1 bilhão de dolares acusando o Youtube de disponibilizar conteúdo sem autorização. Dá para prever…

  2. E dos meus também.

    Pois é!
    Enquanto não tinha sido adquirida pelo Google, os vídeos da Viacom eram vistos por milhões e milhões de pessoas no site sem manisfestação nenhuma da empresa.
    Após ter sido adquirida, a Viacom resolveu se mexer, fez um contrato com o Joost, e ao perceber o potencial da inovação nos negócios do Google no setor, viu que ia ficar para trás (afinal, empresa que não inova perde espaço – principalmente em se tratando de web) e sem nenhuma criatividade na cachola para inovações decidiu processar.

    Não que eu seja contra direitos autorais, mas percebo que houve uma jogada nebulosa.
    É aquela história nas empresas (abominável!):
    “Se você é melhor que eu e eu não sei como fazer melhor, então
    devo destruir você para que você não enterre a mim”

    Sejamos bem vindo à Guerra Suja.

  3. É exatamente o que você disse, o mundo está vivenciando uma mudança radical e pronto.

    Não dá pra colocar a culpa na Viacom e nem no Youtube/Google, não sei quanto aos detalhes da negociação por isso fica difícil tomar partido.

  4. Neto,

    Pois é, eu sou a favor da inovação e gosto de quem e das empresas que fazem isso. E é exatamente o que vc frisou: não sou contra direitos autorais, longe disso. Sou a favor de inovação para todos saírem felizes. Alguns inovam outros processam. Já fiz minha escolha.

    leanDrow,

    O mercado de vídeos online está fervendo e mudanças radicais estão a caminho. Cada um quer sua parte no bolo, algumas inovando e outras processando. Acho que todas deveriam trabalhar em conjunto para satisfazer o consumidor, que é isso que importa.

    Abraços a vcs!

  5. 5. semtex disse em 15 mar 2007 - 00:42

    Advogado é personificação do demônio (veja o filme ‘Advogado do Diabo’)! Mas creio que o Youtube ‘disclaimer’ fala que é proibido divulgar vídeos protegidos por direitos autorais… O Youtube pode muito bem alegar que é impossível verificar todos os vídeos e ganhar a causa. Obviamente, é claro, as duas empresas perderão dinheiro com o processo. Quem ganha, são os malditos advogados!!!

  6. semtex,

    Sempre eles, os advogados… mas ruim com eles, pior sem eles… Há os que defendem que esse processo da Viacom é uma forma de pressionar o Google a entrar em um bom acordo financeiro pra poder continuar com os vídeos retirados.

    Falou!

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