Podemos dizer que TV = internet?
Na madrugada desta segunda-feira a banda irlandesa U2 fez um show que foi transmitido ao vivo pela internet no YouTube (imagem ao lado). Até aí nada demais, todo mundo transmite coisas ao vivo pela internet no Justin.tv ou Qik. O que impressiona no caso é a escala da coisa. É a segunda vez que o YouTube faz esse tipo de transmissão ao vivo. Na primeira vez 700 mil pessoas acompanharam o streaming do evento. Desta vez foi provavelmente algo bem maior. Daí vem a pergunta… TV? Pra mim TV já é igual à internet faz um bom tempo.
Muitos comentários no Twitter durante a transmissão já apontavam para esse fato impressionante. A transmissão de vídeo na internet é bem diferente da transmissão do sinal de TV. Na TV apenas um sinal é transmitido por uma antena e vários aparelhos exibem essa transmissão. Na internet é necessário transmitir um sinal para cada ponto que esteja vendo o vídeo. Imagina 1 milhão ou mais de sinais transmitidos ao mesmo tempo. E o tempo total da transmissão durar duas horas e meia… Impressionante, né?
Se já é possível transmitir pra tanta gente ao mesmo tempo um sinal de TV pela internet, daqui a pouco o sinal do cabo ou do espectro de frequências se tornará obsoleto. Eu, por exemplo, raramente assisto TV de verdade. Tanto que agora nem tenho mais TV à cabo e nem antena de TV normal.
Quando quero noticiários em vídeo vou ao G1. Quando quero assistir séries, TPB. Se quero ver um programa da TV aberta, YouTube. Um bom exemplo é o caso do Um Contra Cem, programa do Roberto Justus no SBT, só assisto no YouTube.
Na TV dependemos da grade imposta e programação, na interwebs não. Claro que a transmissão do show do U2 era em um horário pré-definido. Mas logo em seguida aconteceu o re-broadcast e o vídeo ficará disponível para quem quiser assistir quando bem entender. Claro que a TV aberta mudou. A Globo e Record transmitem seus noticiários em seus portais de notícias.
E tudo isso faz parte de uma discussão bem mais ampla que já rendeu muitos posts neste blog. A internet permite a distribuição da informação de forma bem mais barata que os métodos “convencionais”. É assim com o jornal de papel, com o DVD de plástico e também para o sinal da TV. O suporte físico tem maior percepção de valor. Mas acho que no fim os bits do TCP/IP vencem! É a velha escassez vs. abundância.
Leia também:
- #U2Webcast e a revolução no modo de ver TV, via Poltrona TV
- TV e YouTube: diametralmente opostos, aqui no Techbits
alexandre, eu assisti no sabado ao fashionrocks pela oi… a imagem travava um pouco, mas o melhor era ler os comentarios dinamicos atualizados pelo facebook, a muito não me divertia tanto na internet… mesmo com atraso do show, as imagens travando
No começo de 2008, dei uma entrevista ao Link do Estadão falando sobre isso :)
TV está rara na minha vida, mas se quero assistir algo, corro para internets. Nada se compara a acompanhar um programa e saber a opinião de outros colegas em tempo real ;)
O que + me chamou atenção na trasmissão foi a qualidade de sinal com nenhuma falha.
Acredito que a grande diferença do google neste processo é a escala.
Eu tenho 1 link de 1MB por cabo e vi em tela cheia de 37″ com a imagem perfeita e o som excelente.
Fiz um teste mais para o final da apresentação, usei parte do link disponivel e mesmo assim, a a escolha do formato ficou ainda aceitável, claro que menor que no primeiro momento, mas ainda muito bom.
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Olá, Fugita! trabalho na Edelman, Agência de Comunicação Online da Samsung. Nesse processo de convergência dos meios, além de ver TV no computador, usando a internet, também é possível ter a internet na TV, como acontece em http://migre.me/ac8w. Essas novas possibilidades vêm influenciando os roteiros de programas televisivos que têm incorporado, cada vez mais, a dinâmica da internet em suas narrativas.
Eu também tenho assistido aos canais abertos mais pela internet (iPhone) do que pela televisão. Além de tudo que foi dito, assitindo pela internet, tenho a liberdade de escolher o que quero ver. Assim, posso dispensar 2/3 da programação, que é dedicada a informações sem qualquer valor agregado (violência, corrupção, exploração da miséria, etc.). E na era em que o tempo é o ativo mais caro, isto é fundamental. Abs.
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