Acharam um modelo para distribuição de conteúdo
A Forrester Research, uns caras que são pagos para inventar descobrir tendências, divulgou um relatório que mostra que o mercado de vídeos on-line pagos vai atingir um pico este ano e declinar. A conclusão é que o modelo de negócios que vai funcionar é o da propaganda junto aos vídeos pela internet e não a cobrança pelo conteúdo. Como notou o Cardoso, no Meio Bit, descobriram o óbvio: voltamos às origens de como sempre funcionou o mundo do conteúdo na televisão, rádio e outros meios de comunicação. Segundo a Forrester, o iTunes e outros players estão fadados a desaparecer. Propaganda é, e continua a ser, a alma do negócio.
YouTube
O YouTube começou há alguns dias exibir anúncios dentro dos vídeos. Não é nada invasivo e ao clicarmos na propaganda somos redirecionados para outro vídeo, do patrocinador. Vale lembrar que nem todos os vídeos do YouTube possuem anúncios e sim alguns selecionados dos produtores de conteúdo original. Além disso alguns usuários do site receberão pelos vídeos postados e vistos milhões de vezes. Assim como o Metacafé, o YouTube agora paga os melhores produtores de conteúdo.
Joost
No Joost, desde o beta-ultra-fechado-que-ninguém-tinha-acesso, sempre houve propaganda entre os vídeos. Mais recentemente anunciaram que várias marcas globais estão participando de um teste de modelo de anúncios para os vídeos do serviço. Entre elas, Coca-Cola, HP, Intel e Nike. O Joost parece que vai realmente ser um sucesso já que além de cotas de patrocínio, tem assinado muitos contratos de distribuição de conteúdo, incluindo uma gravadora brasileira.
P2P
Na verdade tudo isso seria a oficialização do que já acontece, com inserção de propaganda. A distribuição de conteúdo por redes de P2P segue firme. Praticamente tudo é ilegal. A indústria, entrando nesse mercado, poderia oficializar os canais de distribuição e inserir propaganda no meio dos vídeos. Torço para que seja assim. Mas temo que nós aqui no Brasil ficaremos privados deste conteúdo gratuito com anúncios: o contrato de propaganda certamente não nos abrangerá…
a revolução da televisão, no fim das contas, vai deixar tudo igual ao que era antes? hmmmm.
As evoluções sempre precisam de adaptações… nada resiste por muito tempo sem receber dinheiro de publicidade… a nao ser q seja uma ong… até no orkut jah está aparecendo anúncios..vai ser assim em todos os “sites web 2.0″… esses relatórios sao sempre meio contraditórios né ? eu nao confio muito.
…até no techbits apareceu um anúncio no meio do artigo =P
Pois é, o presente é a publicidade. A guerra toda está girando em torno disso…
tudo para mostrar uma marca ;P
Pois vou deixar registrada aqui minha aposta na contra-mão.
Como sempre desconfio das “unanimedades” e acho óbvio demais apostar na publicidade como “o modelo de negócio que vai funcionar”, penso que o grande desafio ainda está por vir: como sobreviver fora do guarda-chuva da propaganda? Será que as novas mídias vão mesmo se render ao mesmo modus operandi da velha mídia? Será? Isso funciona para os gigantes; a massa fica com as migalhas. Não… não acredito. Seria muita mediocridade.
Solon,
Vai deixar tudo igual na forma de fazer dinheiro e não na qualidade técnica como discutimos naquele post em seu blog.
Diego,
A Forrester Research é craque em previsões. Mas aí fica minha pergunta, estilo Oráculo da Matrix: as coisas acontecem pq eram pra acontecer ou acontecem pq o instituto X disse que era pra ser assim.. ? algo como o paradoxo de tostines.
Ah, antes já tinha anúncio no meio do post. Só que não aparecia para visitantes frequëntes e sim para os que vinham de mecanismos de buscas. Agora deixei assim por um tempo, como teste. Afinal todo mundo precisa ganhar o seu pão do dia-a-dia, hehehehe!
Lucas,
A publicidade gira o mundo. Acho que não vai atrapalhar nossa experiência como telespectador disso tudo.
Wagner,
Talvez a publicidade seja mais direcionada assim como foi o Google adsense/ adwords para a web. Não teríamos propaganda em “rede nacional” e sim voltada exatamente para nichos e ditada através de CRM que o Google é especialista em fazer.
Abraços a todos!
Fugita
Dividir o lucro com os produtores de conteudo é um avanço (e uma estratégia) inteligente do Google com o YouTube.
Isso já provou que é uma formula que dá certo.
Eu até já estou preparando minhas produções caseiras apostando nisso, hehe
E quanto ao Itunes, não é bem assim ainda, amigo!
Muita água vai rolar…
Neto,
Sim, pelo jeito o negócoio é a distribuiçào das receitas… mas eu fico pensando: só dá pra ganhar algo se um vídeo fizer muito sucesso mesmo.
Faz uns programas sobre investimento, hehehe!
O iTunes é o oposto deste modelo. Vamos ver.
Abraços!
Agora fica evidente que o Google não cometeu um erro ao comprar o Youtube. A única coisa que tenho certeza disso tudo é que cada vez mais o usuário tem o poder de escolha.
http://www.epassos.blogspot.com
Epassos,
Certamente não foi um erro. Eles sabem como faturar em cima disso.