A questão da nuvem e o Gmail
Está virando rotina o Gmail sair do ar e o mundo todo questionar se o serviço é confiável para manter todos os seus e-mails e várias informações importantes em servidores na internet. Principalmente empresas que são o foco do Google Apps e que ao verem notícias deste tipo ficam com um pé atrás em confiar na nuvem.
O interessante a notar é que essas preocupações são na maioria das vezes exageradas. Sim, o Gmail já chegou a ficar mais de 2 horas fora do ar no início deste mês – na verdade foi só a interface web – mas quantas horas o sistema corporativo de e-mails da sua empresa ficou indisponível no último ano? Certamente muito mais do que isso.
O que acontece é que a percepção dos problemas no Gmail são amplificadas pelo fato de o tempo todo em todos os lugares do mundo alguém estar usando a interface web do serviço. Somos 150 milhões, e se o Gmail cai um monte de gente percebe em segundos.
A maioria dos sistemas corporativos não tem tantos olhos atentos assim. Cem, duzentas pessoas. Mil, talvez 5 mil. E se o e-mail dessas pessoas fica inoperante não vira manchete nos portais e blogs. Ou seja, sistemas corporativos de e-mail podem ser bem mais instáveis que um Gmail, por exemplo, mas os departamentos de TI continuam morrendo de medo dessa história de nuvem.
Além disso a maioria dos ambientes corporativos usa algum tipo de cliente de e-mail, em geral o Outlook da Microsoft. E pelo que notei em praticamente todas as quedas recentes do Gmail o problema sempre foi na interface web e não que usa pop, imap ou exchange no seu cliente de e-mail favorito.
E esse problema do Gmail me fez lembrar uma conversa que tive com amigos no final de semana. Um deles resolveu que vai começar a usar mais a nuvem para armazenar informações. O motivo foi a recente necessidade de mandar o notebook para a assistência técnica e a preocupação com anos de dados acumulados em seu HD aos olhos de estranhos. Já o outro ainda se diz cético em relação a manter seus dados em um servidor pela internets.
Claro, cada um faz do jeito que achar melhor. Eu já percebi que desde passei a usar o Gmail em Julho de 2004 – nossa, tanto tempo assim? – nunca mais precisei me preocupar com backups de mensagens ou e-mails perdidos. Enquanto isso milhares de HDs de computadores pessoais e notebooks pifaram e pessoas ficaram a ver navios. Pra que usar a nuvem se eu posso me divertir perdendo informações (fotos, emails, música) e fazendo backups?
Leitura recomendada:
- O quanto você quer viver na nuvem?, no Peixe Fresco
Há 10 anos que levo arquivos de um HD pro outro. Sério… eu tenho arquivos de 10 anos de idade! Tinha, aliás; houve um problema mecânico no útlimo HD. Ainda estou procurando quem possa analisar aqui em BSB, mas fico até descrente.
As lembranças se foram, mas os dados sensíveis, como projetos e documentos, têm backup extras, inclusive na nuvem.
Já na nuvem, nunca perdi dado nenhum. Nada.
De todos, o GMail é o app que mais me preocupa… Já fiquei mais de mês sem poder usar a interface web do GMail (que pra mim é genial) e por isso já tenho o Thunderbird pronto. Agora sempre que o GMail baleia, abro o Thunderbird Portable configurado com IMAP e tudo funciona muito bem.
De longe confio mais no GMail do que no meu HD.
[…] This post was mentioned on Twitter by Filipe La Ruina. Filipe La Ruina said: Ótimo post do @fugita sobre as recentes queda do gmail e a nuvem em geral! http://migre.me/7JEs Apoiado! #gmail #cloud […]
Bem, eu uso o Gmail pra centralizar todas as minhas contas de email, tenho bastante coisa armazenada lá e certamente acho-o bastante confiável. Porém, como cautela (e canja de galinha :p) não faz mal a ninguém, de vez em quando sincronizo o meu hd com a “nuvem” via imap e faço um backup nos meus HDs desses emails.
É realmente algo que eu tenho pensado há algum tempo… pra que tanto estardalhaço por causa de algumas horas offline?
Não é um sistema perfeito, nenhum é e todos sabemos, mas estávamos acostumados à praticamente 100% de disponibilidade completa e gratuita da Google, que ficamos pasmados com um fato pequeno destes.
Enfim, também aderi ao Cloud Computing há algum tempo… Já uso softwares que copiam pastas inteiras do meu HD para a nuvem assim que são modificadas… E o Gmail é um destes servidores que uso… 7GB não é pouca coisa.
De longe confio mais no GMail do que no meu HD. [2]
Nas configurações do Gmail é possível incluir um endereço de e-mail alternativo, assim que um e-mail chega na caixa de entrada do Gmail ele encaminha uma cópia para este e-mail.
É interessante fazer isto para ter sempre uma cópia de segurança em algum lugar, logo não é algo tão assustador assim.
Claro que não se deve virar a chave e mandar tudo “para as nuvens”, mas o serviço não é de todo ruim e creio que merece um voto de confiança.
Muita gente reclamou que não ter acesso a seus e-mails mais antigos durante esses períodos de “apagão” é o maior problema.
Novamente, que utiliza gmail via POP ou IMAP não tem esses problemas. Ainda devemos lembrar do modo offline possibilitado pelo google gears, que mantém as mensagens sincronizadas no computador.
De longe confio mais no GMail do que no meu HD. [3]
Mas faço backup mesmo assim :)
Gostaria de levantar uma questão. Tenho uma certa “divergência” em relação ao que foi escrito. É o seguinte, acho que o aspecto de maior relevância no fato do gmail ter ficado indisponível está na questão de segurança em relação a disponibilidade das informações (até aí concordo com o artigo). No entanto tenho impressão que a segurança é colocada em dúvida muito em função do sistema ser gratuito de forma que desobriga ao fornecedor do serviço de maiores ressarcimentos e portanto levanta uma dúvida razoável para quem utiliza o serviço de forma intensiva sobre até que ponto se pode contar com o serviço. Tal dúvida é baseada numa situação hipotética, exagerada e extrema para evidenciar o meu ponto de vista, mas acredito que muitos usuários, principalmente no Brasil são sensíveis a este aspecto, ainda que ele não tenha sido tratado no artigo.
Opa Fugita,
Eu uso o gmail para cadastros e listas de discussão. Meus e-mails pessoais e profissionais uso o do meu domínio (via webmail e pop3, sim ainda não uso IMAP, apesar da disponibilidade no servidor).
Além da disponibilidade, itens que se deve ter em conta são a privacidade e a segurança jurídica em caso de eventuais panes.
O gmail é seguro, mas meus dados pessoais prefiro manter um pouco longe do mastigadores de dados dos servidores do gmail :-)
abs
Belo resumo da situação Gmail/Nuvem. De fato, em escala planetária, ficar duas horas indisponíveis na plataforma web não é nada (eu, pelo menos, depois que passei a usar o Gears, então…).Também acho essa celeuma midiática em torno das panes do Google/Gmail um pouco perigosa e exagerada. O problema é que estamos acostumados talvez a cobrar muito do Google como um todo, o que cada vez mais torna patente a instauração de uma cultura da dependência da empresa para muita coisa. No momento, não sei se isso é bom, ou se pode guardar um risco futuro ou se tudo isso seja uma teoria boba da conspiração. O fato é que confiar plena e irrestritamente na nuvem (sinônimo dos serviços do Google?) ainda não é visto por mim com bons olhos, embora de certa forma eu mesmo venha alimentando essa noção, cmo usuário assíduo dos seus serviços.
Outra coisa: essa questão de cobrarmos por um serviço gratuito de qualidade, como se estivéssemos falando do serviço de saúde ou de educação da nossa cidade onde pagamos imposto não tem respaldo no universo da cloud computing, a não ser que você tenha assinado contrato com a Locaweb.
Eu uso o software gBackup para realizar o backup nuvem dos meus arquivos, funciona muito bem no meu Notebook.
Solução nacional, os servidores ficam no Brasil.
Possui senha de criptografia de dados!
Envio via VPN!
100% Segurança de dados!
http://www.gbackup.com.br/